terça-feira, 15 de setembro de 2009

HORA DE VER PARA VOTAR

TEXTO PUBLICADO EM 15 DE SETEMBRO DE 2009 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA N. 2.

Foi no passado dia 19 de Janeiro e durante a conferência do grupo “Economist” que o nosso Primeiro-Ministro avançou com os recentes dados, onde criticou também a falta de soluções alternativas da oposição para fazer face à actual crise económico-financeira.
As linhas de crédito criadas pelo Governo têm sido criticadas em Portugal, mas, segundo os dados pelo Primeiro-Ministro, “foram já utilizadas por 9400 pequenas e médias empresas. Foram colocados nas empresas 1750 milhões de euros”.
E foi o próprio Primeiro-Ministro que adiantou que a linha de crédito PME Invest III, destinada às pequenas e microempresas, até 50 trabalhadores, “ao fim de uma semana de vigência, já foi utilizada por 5387 empresas, tendo sido gastos 44%” do montante total da linha de crédito.
Numa reacção a insinuações vindas do PSD, José Sócrates negou peremptoriamente que haja qualquer selecção das empresas a apoiar por parte do Governo.
“É uma profunda demagogia. Quem escolhe as empresas a apoiar pelas linhas de crédito são os bancos. O Estado apenas garante a participação no risco e suporta parte dos juros para garantir crédito mais barato às empresas”, disse, defendendo, uma vez mais, que “a obrigação de um Governo responsável é defender o emprego”.
Por outro lado, lembrou que: “o Governo já fez uma substancial e significativa redução da carga fiscal”, apontando como exemplos a descida do IVA em 1%, a redução do IRC, o pagamento especial por conta e o Imposto Municipal Imobiliário.
Dizendo ainda que: “na próxima semana vamos descer em três pontos percentuais a taxa social única para os trabalhadores até aos 45 anos, abrangendo as empresas até 50 trabalhadores”, disse, acrescentando que o conjunto destas medidas “representam uma redução de impostos em mil milhões de euros”.
Na sua intervenção, José Sócrates explicou também a previsão do Governo de atingir o défice de 3,9% em 2009, ultrapassando os limites do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) da União Europeia. E, aqui, tenho de referir que todos os Estados-Membros irão ultrapassar os limites do PEC devido a esta crise económico-financeira internacional.
“O défice para 2009, se não fosse a previsão de crescimento, 0,8% negativos, estaria na linha dos 3%, disse.
José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa deixou ainda uma crítica aos governos de coligação PSD/CDS-PP, entre 2002 e 2005, referindo: “não sei o que aconteceria a Portugal, se tivesse actualmente um défice de 6,83%, tal como acontecia em 2005”.
O nosso Primeiro-Ministro teceu igualmente críticas “aos líderes políticos que não apresentam soluções alternativas”, acrescentando que “os portugueses estão cansados dos políticos que estão a dizer o que não podemos fazer e a dizer que não temos direito a sonhar. O dever de um político é liderar à frente e não atrás. Ficar atrás é fácil, mas a acção está sempre na frente”.

Mário de Sousa - BONFIM, PORTO

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mario.sousa@europe.com

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