sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

CUSPIDELA DE FOGO DO DRAGÃO!


TEXTO PUBLICADO EM 26 DE FEVEREIRO DE 2010 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA 2.

Depois do S.L. Benfica ser derrotado e, por conseguinte ser eliminado muito recentemente, na sua própria casa, pelo Vitória de Guimarães na Taça de Portugal, e depois da estrondosa vitória do F.C. Porto em casa do Vitória de Guimarães (1-4) e mais recentemente sobre o Braga por 5-1. É notável a capacidade que o Dragão tem de cuspir o seu fogo em tudo aquilo que não presta. Naqueles que já não conseguem arranjar mais argumentos, por mais patéticos que sejam, para denegrir a sua imagem, para relativizar e minimizar os seus êxitos. Para tudo isto o FC Porto tem tido resposta pronta. Como? Ganhando. Convencendo... e em campo. Que é sempre a melhor forma de calar os "anónimos" prontos a meter a cabecinha de fora sempre que têm uma pequenina oportunidade...
Como é que isso se consegue? Com uma enorme capacidade de trabalho. Com uma excelente organização a nível técnico, mas também a nível organizativo. Com profissionalismo, empenho, determinação e com competência.
Com a permanente consciência de que só competindo no limite das forças, suando a camisola, sofrendo, sem perder tempo com lambidelas pacóvias e cada vez mais ridiculamente cansativas, se conseguem atingir os títulos e as devidas compensações por eles conquistados.
Sem adormecer acordado, à espera que surja um "Pai Natal", ou outros seus colaboradores, capaz de produzir o "milagre".
Só assim se torna possível, ano após ano, resistir a várias contrariedades, entre elas a obstinada e permanente campanha anti-FC do Porto, uma exaustiva e cansativa luta contra os seus alegados poderes macabros e ocultos (como se tudo o que resta para além do FC do Porto no futebol português seja um oásis de rectidão, bons costumes, gente impoluta, incapaz de cometer qualquer batotice, ou de recusar que a façam para seu proveito próprio).
Pelos vistos continua a ser difícil de entender que é nestas batalhas que o FC do Porto se sente melhor. É nelas que o clube e a sua cada vez maior Massa Associativa e Adepta se inspira e se alimenta para lutar com cada vez mais afinco, em prol de uma causa que para todos eles é cada vez mais nobre: "A Vitória!". Como símbolo de afirmação de personalidade, de prestígio internacional, de cada vez maior capacidade de aglutinação popular, quer em Portugal, quer em países de expressão portuguesa ou outros. Não por imposição ou por qualquer obrigação familiar, mas como forma de marcar terreno... porque são indiscutivelmente mais fortes, mais poderosos, os melhores e, por isso, ganham mais do que os outros.
É disso que o povo gosta: de vencedores!
A jornada europeia é gloriosa, igual a muitas outras que nos últimos 22 anos o FC do Porto tem repetidamente conseguido, deixando orgulhosos os verdadeiros amantes do que de melhor o futebol português é neste momento capaz de produzir. O resto... é "chover no molhado"... é mais do mesmo!
Esta jornada não merece, por isso, ser despachada para segundas caixas de informação desportiva, como alguns jornais desportivos e canais de tv o fazem, dando lugar, em primeira instância, às crises existenciais de alguns habituais protagonistas, num exercício de minimização e de branqueamento que até pode agradar a meia dúzia de "cromos" mas que envergonha todos aqueles que não deixaram de se sentir orgulhosos pelo que viram, não olhando a mais nada que não tenha sido a enorme qualidade da exibição portista e, em especial, a sua permanente "atitude", a tal expressão tão difícil de mastigar!
Também eu me associo a uma enorme cuspidela de fogo generalizada contra tanta cegueira! E muitos parabéns ao F.C. do Porto por ter garantido a sua continuação na Liga dos Campeões, parabéns F.C. do Porto! E obrigado pela noite fantástica do passado Domingo (no Estádio do Dragão), pelas noites mais que fantástica da Liga dos Campeões, no Estádio do Dragão e fora dele... entre outras, claro!
E muita boa sorte para o jogo da próxima jornada, nos estádio de José de Alvalade, frente ao Sporting Clube de Portugal, num jogo que é isso mesmo, mais um jogo.

Mário de Sousa* - Bonfim, Porto, Portugal
*Sócio do F.C. PORTO n.º 22370 (novo numero, ex 26652)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

QUALIDADE, DECÊNCIA E DEMOCRACIA NA POLÍTICA PORTUGUESA!


TEXTO PUBLICADO EM 23 DE FEVEREIRO DE 2010 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA 2.

Vivemos tempos que impõem uma tomada de posição. O que se está a passar em Portugal representa uma completa subversão do regime democrático. Os sinais avolumam-se diariamente e procuram criar as condições para impor ao país uma solução rejeitada nas urnas pelos portugueses.

Com base numa suposta preocupação com a «liberdade de expressão», que não está nem nunca esteve em causa, um conjunto de pessoas tem fomentado a prática de actos nada dignos, ao mesmo tempo que pulverizam direitos, liberdades e garantias. É preciso recordar: à Justiça o que é da Justiça, à Política o que é da Política.
Num País, como o nosso, em que os meios de comunicação social são livres e independentes, parte da imprensa desencadeou uma campanha brutal contra um Primeiro-Ministro eleito, violando a deontologia jornalística, as regras do equilíbrio democrático e as bases em que assenta um Estado de Direito, em particular o sistema de justiça. Reconhecemos, e verifica-se, uma campanha diária, sistemática e devidamente organizada, que corresponde a uma agenda política contrária ao PS e que se dissolve tacticamente na defesa de uma suposta liberdade cujos autores são os primeiros a desrespeitar.
Não aceitamos ser instrumentalizados por quem pretende que um Primeiro-Ministro seja constituído arguido nas páginas dos jornais, tal como já aconteceu noutras ocasiões num passado recente, alimentando um chocante julgamento popular que tem por base a violação dos direitos individuais e a construção de uma tese baseada em factos aleatórios, suspeições e vinganças pessoais.
Defendemos o interesse público e o sistema democrático para lá de qualquer agenda partidária. Os primeiros signatários são militantes do PS mas redigem este manifesto na qualidade de democratas sem reservas, abrindo-o a todos os portugueses que queiram associar-se a um repúdio público pelo que se está a passar. Recusamos esta progressiva degenerescência das regras do Estado de Direito e não aceitamos que se procure derrotar por meios nada lícitos um Governo eleito pelos portugueses, nem tão pouco que se procure substituir o sistema de Justiça por um sistema de julgamento mediático.
Pela qualidade da democracia, pelo respeito da vontade popular e pela decência na política portuguesa, eu também tomo partido e assino a petição.
Assinar a petição em: www.tomamospartido.blogspot.com

Mário de Sousa* - Bonfim, Porto, Portugal

*
Consultor de Comunicação

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

RIGOR, EMPENHO, DETERMINAÇÃO, SERIEDADE E HONESTIDADE NO PODER LOCAL!


TEXTO PUBLICADO EM 22 DE FEVEREIRO DE 2010 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA 2.

A soma de casos judiciais envolvendo autarcas desacredita, desprestigia e diminui a imagem e relevância públicas do trabalho autárquico. A tendência para juízos generalizadores por parte dos cidadãos é perigosa para a democracia e encontra-se iminente. Esta é, porventura, uma das razões para a complacência dos eleitores que legitimaram, democraticamente, o poder de autarcas condenados pela Justiça nas últimas autárquicas.
Perante esta realidade, parece pois evidente que dos autarcas se deve esperar muito mais do que a obra que enche olho ou as páginas a cores do boletim informativo municipal. Melhor poder local não pode passar simplesmente por uma reivindicação «sindical» de mais receita ao Estado e realização de mais despesa. O reforço e credibilização da acção das autarquias pode e deve passar por uma nova exigência na gestão de recursos, com mais eficácia e eficiência, a par da criação de mecanismos de fiscalização efectiva e de transparência nos processos de decisão.
Apesar do fracassado acordo para alteração da legislação autárquica, a nova lei das finanças locais aprovada na última legislatura constitui um contributo valioso nesse sentido e a vanguardista Reforma do Parlamento liderada pelo PS, que ampliou os poderes das oposições, um exemplo de ética republicana a seguir.

Persistem, ainda assim, inegáveis más práticas que, contribuindo para a opacidade, desconfiança e enfraquecimento democrático do poder local, merecem reflexão.
Será possível que haja Presidentes de Câmara neste país que, fazendo uma interpretação restritiva da lei, continuem a «atirar» os Vereadores da oposição, sem pelouros, para espaços de trabalho de quase clandestinidade, sem apoio técnico e logístico? Como podem Vereadores nestas condições, ou mesmo membros de Assembleia Municipal da oposição, necessitando de compatibilizar a actividade autárquica com a sua vida profissional, analisar opções orçamentais e propostas políticas com o devido rigor, seriedade e honestidade? Em plena era digital, será aceitável que os documentos, em que se incluem ordens de trabalho ou propostas de deliberação, circulem nos órgãos autárquicos de modo restrito e sem fácil acesso ao público?

O sucesso de uma gestão autárquica não dependerá, certamente, de expedientes criados por alguns presidentes de câmara, ao abrigo de omissões legais, para boicotar o trabalho de fiscalização das oposições e dificultar o escrutínio dos cidadãos.
Um bom presidente de câmara é aquele que não deve nem teme, e sabe que a sua autarquia só tem a ganhar com uma oposição vigilante e competente, e com a efectiva participação exigente dos cidadãos. Porque o poder pelo poder não serve para nada!
Sempre entendi que fazer política em democracia ou estar em cargo público é trabalhar, com empenho, ddeterminação, rigor, sinceridade e honestidade, para ajudar todas as pessoas a resolver os seus problemas e proporcionar mais saúde, felicidade e bem-estar para todos.
Mário de Sousa - Bonfim, Porto, Portugal

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

GOVERNO E PARTIDO SOCIALISTA COM DESAFIOS PARA O FUTURO!


TEXO PUBLICADO EM 19 DE FEVEREIRO DE 2010 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA 2.
O Partido e o Governo Socialista tem uma ambição para o País e uma matriz social de que se orgulha.
Ambição em contribuir para um País mais moderno, mais capaz e mais capacitado para os desafios que todos os dias se colocam. Um País que não duvida nem hesita na importância em apostar nas pessoas. Um País integrado na economia mundial, competitiva e competindo em pé de igualdade com os melhores.
Mas também um partido que se orgulha da sua matriz social e que nos leva hoje a ter uma atenção particular com aqueles que têm mais dificuldade em aguentar os efeitos tumultuosos provocados pela crise da economia mundial.
E é porque defendemos o equilíbrio entre estes dois princípios – difícil e exigente – que não compreendemos aqueles que, por muito que o não digam abertamente, querem os apoios todos na economia, nas empresas, esquecendo os portugueses afectados.
Nem compreendemos outros que, ao invés, esquecem que é na economia que resolveremos grande parte dos problemas daqueles que foram atingidos pelo flagelo do desemprego. Que é criando condições para a economia e as pequenas e médias empresas desenvolverem a sua actividade e as suas potencialidades, que poderemos, de uma forma segura e firme, criar emprego.
Sabendo que os recursos são limitados, nós escolhemos o equilíbrio, aprovando apoios às micro e pequenas empresas e a sectores específicos da economia nacional, apostando na relevância do investimento público, gerador, ele próprio, de emprego. Em simultâneo, fomos capazes de aumentar as pensões mais baixas, alargar a protecção no desemprego e aumentar em 5,6%, para 2010, o Salário Mínimo Nacional, como um dos instrumentos mais poderosos para combater bolsas de pobreza entre aqueles que trabalham. Recordo ainda as medidas de prolongamento do Subsídio Social de Desemprego por mais seis meses e de alargamento do seu âmbito de aplicação e ainda a diminuição do prazo de garantia para a concessão do subsídio de desemprego de 450 para 365 dias.
Para uma situação excepcional, medidas excepcionais. É nestas alturas que se vê radicalmente a importância do Estado, nomeadamente através do conjunto de medidas aprovadas pelo Governo Socialista de apoio à manutenção do emprego, à inserção de jovens no mercado de trabalho e ao seu regresso por parte dos desempregados.
O esforço deve estar centrado no emprego e no apoio aos desempregados. E um esforço na manutenção do emprego porquê? Porque todos reconhecemos as dificuldades acrescidas no regresso ao mercado de trabalho daqueles que hoje caem na situação de desemprego.
É nesse sentido que vai o conjunto de medidas da Iniciativa Emprego 2010, num programa em que estarão envolvidos cerca de 760 mil portugueses, num investimento de 500 milhões de euros.
Queremos mais portugueses com emprego, queremos apoiar os jovens na difícil tarefa de inicio de carreira. Queremos dar um sinal às empresas que devem levar ao limite a manutenção dos postos de trabalho. Queremos dar um sinal ao país, pois é nos momentos difíceis que não devemos hesitar em colocar recursos que, sendo de todos, são essenciais para os portugueses com maiores dificuldades e precisam de chegar a quem precisa.
Estamos perante uma crise inigualável, que nos deve levar a reflectir sobre a necessidade de um amplo entendimento social, à definição do papel que cada um deve assumir e de todos, com a própria sociedade. Os países mais desenvolvidos e competitivos, foram sempre aqueles que nos momentos históricos souberam aliar os interesses individuais ou de grupo, a um objectivo colectivo mais alargado e mais longínquo.
O que está hoje em causa é saber como ultrapassamos problemas estruturais – como a educação ou a qualificação e os conciliamos com a necessidade de promover a competitividade das empresas. Como vamos reduzir progressivamente as situações de pobreza e de desigualdades salariais que subsistem no país. Como combateremos de forma firme o desemprego e qual o papel de cada um dos parceiros nesta matéria.
O combate ao desemprego é um objectivo central do Partido e do Governo Socialista. O combate mais relevante e exigente desta legislatura, porque conhecemos bem as dificuldades porque passam muitos portugueses, mas também é importante que tenhamos a consciência que nenhum Governo, em qualquer parte do mundo, conseguirá resolver este problema sem a ajuda de todos os sectores – das empresas, das associações empresariais, da banca, dos trabalhadores, dos sindicatos. Os partidos da oposição não estão isentos em participar neste desafio. Com responsabilidade e em verdade, com propostas concretizáveis, realizáveis no actual contexto económico-financeiro e no quadro europeu.
Estamos a falar de apoios concretos às pessoas, às empresas, onde devemos aplicar sempre critérios de exigência e rigor. Nem todas as pessoas passam pelas mesmas dificuldades, nem a severidade da situação do desemprego é a mesma. Nem todos os sectores e empresas vivem o mesmo grau de risco.
Não há soluções milagrosas nem resultados imediatos. Há muito trabalho pela frente. O futuro não perdoará a quem pense apenas na sua organização, na sua estrutura, e não consiga ver um pouco mais à frente. O Partido Socialista, conjuntamente com o seu Governo, fará, certamente, esse caminho de futuro.
Mário de Sousa - Bonfim, Porto, Portugal

sábado, 13 de fevereiro de 2010

REGIÕES: TRANSPARÊNCIA E CERDIBILIDADE NOS INVESTIMENTOS


TEXTO PUBLICADO EM 12 DE FEVEREIRO DE 2010 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA 2.

O negociar dá trabalho, mas compensa. O Orçamento de Estado vai ser aprovado. O Governo socialista demonstrou capacidade negocial, empenho e determinação nos objectivos e solidez na estratégia. E entre os partidos da oposição? Sempre há os que querem negociar e os que querem protestar só por protestar.
O resultado poderia ter sido bastante diferente? Talvez não. Poderia o CDS ter votado a favor? Não me parece que Paulo Portas seja “o compagnon de route de José Sócrates”. E ficaria a ideia de todas as cedências por parte do Governo socialista. Poderíamos ter vivido apenas com a abstenção do PSD? Nesse caso aparecia Manuela Ferreira Leite “a salvadora da pátria”. O resultado a que se chegou era o mais provável. E, já agora, o mais desejável. Num jogo de cartas marcadas, em que nada ficou fechado.
O País, em tempo de crise internacional, precisa de um acordo de médio prazo. Ter mostrado abertura para esse acordo, com base no Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), foi uma atitude de inteligência política por parte de José Sócrates. Vamos ver se o exercício de responsabilidade da oposição é verdadeiro e se é mesmo para levar a sério.
Estamos num jogo dos grandes. Mas a política dos resultados obriga a olhar para pormenores. Esmiuçando o Orçamento de Estado, esbarro no PIDDAC. E perscruto o investimento nas regiões. Exercício impossível. O PIDDAC regionalizado representa cada vez menos o investimento a ser feito e, portanto, é quase inútil. Baralha e confunde. E serve para todas as leituras possíveis e imaginárias.
O PIDDAC é o retrato de uma acção mais centralizada do Estado, já que prevalecem os programas nacionais de investimento. Sabemos que no Orçamento de Estado e fora dele há muita engenharia financeira, que precisa ser compreensível e transparente.
Vejamos, como exemplo, o caso do Algarve. O PIDDAC regionalizado são 52 milhões de euros. Mas estão previstos muito mais de 150 milhões de euros de investimento do Estado para 2010. No Programa do Parque Escolar, para a intervenção em escolas do Ensino Secundário, ou no Plano Tecnológico, que estão no PIDDAC nacional. Nas obras no PARES e POPH para cresces, lares e apoio à deficiência, cujas verbas vêm do jogo. No Programa POLIS, em que as verbas já estão afectas à empresa pública. Além das grandes obras na EN125, no aeroporto de Faro ou no Hospital Central do Algarve, que não estão no orçamento. Isto é, se tudo correr bem, o PIDDAC regional representa menos de 1/3 do total de investimento na região. Não basta dizer. É preciso demonstrar.
As regiões têm necessidade de conhecer exactamente o que vai ser investido em cada uma delas. Sabendo que o investimento é dinâmico, depende do ritmo dos projectos e das obras, é preciso haver um instrumento de referência credível, que possa servir para monitorar o que verdadeiramente se passa em cada região.
O PIDDAC regionalizado deixou de ser há muito tempo esse elemento de referência. Serve as oposições no combate político. E dificulta um trabalho politicamente sério nas regiões.
Defendo, em nome da transparência e da credibilidade, que deve haver um novo modelo de apresentação do investimento regional, com um documento síntese, que responsabilize o Estado, e que deve ser coordenado pelas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional.

Mário de Sousa - Bonfim, Porto
mario.sousa@europe.com
mario.sousa1@sapo.pt

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

OS PRIMEIROS 100 DIAS DE UM GOVERNO PRESENTE E COM FUTURO!


TEXTO PUBLICADO EM 9 DE FEVEREIRO DE 2010 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA 2.


Em apenas 100 dias, o Governo Socialista já aprovou uma série de medidas que demonstram uma excelente capacidade de execução do Programa escolhido pelos portugueses, continuando com um bom trabalho de modernização do nosso amado País, com liderança, energia, empenho, determinação e capacidade de compromisso necessárias para ajudar as pessoas e as empresas a ultrapassar a crise internacional.

Apresentado o Orçamento de Estado para 2010, após intensas negociações que asseguram a sua viabilização, para continuar a apoiar as pessoas e as empresas e reiniciar a consolidação das contas públicas.

Actualmente a maioria dos portugueses viu ser celebrado um acordo entre o Ministério da Educação e as principais estruturas sindicais para a revisão do estatuto da carreira docente e do modelo de avaliação dos professores, mantendo uma avaliação rigorosa e uma carreira que valoriza o mérito, para uma melhor escola pública.

Foi celebrado um Contrato de Confiança com o Ensino Superior para que tenhamos mais estudantes no ensino superior, para atingir o objectivo de qualificar, nos próximos 4 anos e a nível superior, mais de 100.000 estudantes.

Foi lançada a Iniciativa Emprego 2010, com 17 medidas para assegurar a manutenção do emprego, incentivar a inserção de jovens no mercado de trabalho e promover a criação de emprego e foram lançados vários programas de estágios profissionais que abrangem mais de 8.000 estágios na Administração Pública, autarquias locais, IPSS e empresas exportadoras.

Foi aprovado a criação de um novo fundo, no montante de 250 milhões de euros, para apoiar a internacionalização e a exportação das PME portuguesas.

Foi ainda aprovado um aumento histórico do Salário Mínimo Nacional para os 475 euros, para, desta forma, aumentar os rendimentos de quem tem salários baixos.

É notório que o investimento público modernizador, que cria empregos e negócios, continuou com o desenvolvimento do Plano Nacional de Barragens com Elevado Potencial e através do reforço da potência da central hidroeléctrica de Venda Nova III, em Vieira do Minho, do lançamento do projecto de aproveitamento hidroeléctrico de Ribeiradio-Ermida, em Sever do Vouga, e da inauguração da Central Termoeléctrica de Lares, na Figueira da Foz.

Foi, e continua a ser, notório o investimento modernizador no programa de modernização do parque escolar que está em curso e abrange mais de 100 escolas do ensino secundário e do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico.

Foi ainda bem visto pelos portugueses a iniciativa de lançar o projecto do carro eléctrico para reduzir a nossa dependência energética do estrangeiro e combater o endividamento externo, através da criação do regime da rede de abastecimento de energia para veículos eléctricos, onde qualquer cidadão ou empresa vai poder carregar o seu veículo eléctrico, e com a aprovação de incentivos para a compra de veículos eléctricos.

Foi ainda aprovada a lei que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.

Para os primeiros 100 dias de Governo Socialista penso que muito foi feito por um Governo que demonstrou (na prática) ser enérgico, ter capacidade, empenho e determinação para bem de todos.

Sempre entendi que fazer política ou estar em cargo público é isto mesmo: é trabalhar de forma enérgica, com capacidade, empenho e determinação para ajudar as pessoas a resolver os seus problemas e proporcionar mais saúde, felicidade e bem-estar para todos.


Mário de Sousa - Bonfim, Porto