sexta-feira, 28 de agosto de 2009

HORA DA VERDADE

TEXTO PUBLICADO EM 27 DE AGOSTO DE 2009 NO JORNAL "O PRIEIRO DE JANEIRO", PÁGINA N.º 2.

Autarquia Portuense: Rui Rio faz circular infomail de inverdades em tempo de campanhas

Fiquei bastante estupefacto com um rol de inverdades que vi e li no infomail com o título, Porto: Este é o nosso caminho, que no passado dia 11 deste mês estava a ser distribuído em plena Rua da Alegria, na Freguesia do Bonfim, e que pertencia ao actual executivo da Câmara Municipal do Porto, publicado pelo PSD-CDS/PP, onde se faz vários considerandos sobre algumas obras que nos últimos 8 anos foram surgindo pela cidade do Porto.
Fiquei ainda mais estupefacto quando ao lê-lo (infomail) fui reparando que Rui Rio na ânsia de mostrar obra feita bem a terreiro com algumas obras que foram executadas pelo Estado Português com verbas disponibilizadas pelo Governo Central em parceria com quadros de investimento oriundos da União Europeia, como, por exemplo, a obra do Metro do Porto que ficou conhecida na Cidade por ser um projecto e obra lançado pelo Dr. Fernando Gomes e ainda por naquele tempo todos no PSD dizerem mal do projecto e que o mesmo (Metro do Porto) era um projecto megalómano.
Outras obras que actualmente já se encontram executadas ou estão em fase de acabamento nas escolas do concelho, são projectos e obras que estão a ser financiados através do Ministério da Educação, de quadros comunitários e em parceria com o poder local (municipal) face á nova lei do ensino que atribuiu a gestão das escolas do Ensino Básico 1 ás autarquias.
Por tudo isto é preciso ter em atenção: se as obras do Metro do Porto arrancaram como também se iniciaram obras nas escolas da Cidade e não só, tudo isto se deve a boas políticas implementadas com empenho e determinação no terreno por Governos Socialistas, como também um outro sem número de obras feitas nas áreas da cultura, património urbanístico, solidariedade social, desportivo, emprego, saúde e etc..
O Sr. Rui Rio não deve mentir á população do Porto ao dizer que obras que foram feitas ou estão em fase de acabamento e a serem fiscalizadas e pagas pelo poder central através de órgãos legais de poder ou de empresas que nada tenham a ver com a autarquia da qual é legitimamente o seu presidente e por isso seu principal responsável, são projectos e obras de sua gestão e do seu município. A verdade fica bem em todo lado, até mesmo e principalmente quando se está em cargo público.
Sr. Rui Rio ficava muito bem que no mesmo infomail o Sr. disse-se com verdade quem fez e quem está a executar as referidas obras e de onde foram disponibilizadas as verbas para as mesmas, como, por exemplo, quanto foi a verba disponibilizada pelo actual Governo Português para aquela que é hoje uma das principais festas de animação da cidade, a Red Bull Air Race, mais conhecida por festa dos aviões.
Sr. Rui Rio, e em relação ao O Porto em Primeiro, como afirma novamente neste infomail, tenho a dizer-lhe que em primeiro devem vir as pessoas que pelo Porto circulam, sejam elas portuenses nascidos e criados no Porto ou sejam simples visitantes (trabalhadores, turístas, estudantes…).
Sempre entendi que estar em cargo público e fazer política é trabalhar com sinceridade para ajudar todas as pessoas a resolver os seus problemas e proporcionar mais saúde, felicidade e bem-estar para todos.
Eu, pessoalmente não quero que a minha amada cidade do Porto continue a ser mal gerida e, principalmente tendo na base a mentira, como aconteceu ao longo destes últimos anos e ainda hoje acontece referente ás obras prometidas a dezenas de famílias bonfinenses em terreno local e em Novembro de 2001 (em pré campanha eleitoral) por Rui Rio para a Travessa do Monte do Tadeu e ainda para as escadas de toda a Rua do Monte do Tadeu.
Mário de Sousa* - BONFIM, PORTO

*Projectista e Investigador, Licenciado como Técnico Superior em Avaliação da Qualidade de Estudos de Impacte Ambiental
verdade-razao.blogspot.com / mario.sousa@europe.com

CRÓNICAS PORTUENSES


TEXTO PUBLICADO EM 26 DE AGOSTO DE 2009 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGNA N.º 2.


Monte do Tadeu: o ponto mais alto de toda a cidade do Porto!



Toda esta zona habitacional é nada mais, nada menos do que a zona mais alta existente em toda a cidade do Porto. Estamos a falar da zona habitacional do Monte do Tadeu e do Monte dos Congregados.
A história desta zona habitacional remonta ao tempo dos Padres e Frades da Congregação do Oratório de Regra em honra de S. Filipe de Néri, que estabeleceram a sua casa na cidade do Porto, no ano de 1680, mesmo ao pé da estação de S. Bento, num espaço ainda hoje existente e actualmente ocupado pela Igreja dos Congregados em honra de Santo António, e obtiveram para seu recreio uma vasta propriedade com casa que servia, simultaneamente, de hospital, nas abas do Monte de Santa Catarina, que deles recebeu o nome de Quinta dos Congregados.
Data de 1785 o mais antigo registo paroquial (Santo Ildefonso) que se refere a esta zona (uma Quinta do Monte de Santa Catarina).
Os Padres e os Frades congregados a S. Filipe de Néri possuíram essa Quinta, para seu recreio, até ao ano de 1834, ano em que entrou na posse do Estado (CM do Porto) em virtude da extinção das Ordens Religiosas. O novo proprietário (CM do Porto) vendeu-a, por baixo preço, a um cidadão Brasileiro, de apelido Moreira.
Foi este quem mandou (fazendo uma concepção) explorar uma grande pedreira, no ano de 1852, que ali existia, e ainda existe no actual espaço da Cooperativa dos Pedreiros Portuense e em terrenos vizinhos, cedendo depois parte do leito dela à Câmara Municipal do Porto, o que veio mais tarde a dar origem a parte da Rua Duquesa de Bragança, depois chamada de Heróis de Chaves, e hoje conhecida por Rua de D. João IV.
Nesta rua desembocavam duas serventias, sem continuidade: a da Igreja de Santa Catarina, que no ano de 1835 tomou o nome de Rua de Fernandes Tomás, e uma outra que é a Rua do Moreira – o feliz cidadão Brasileiro, dono da Quinta dos Congregados – mais tarde prolongada até à Rua de S. Jerónimo, fundada em 1878, que em 1913 tomou o nome de Rua de Santos Pousada, ilustre Jornalista, Professor, Político da cidade do Porto, Deputado e Republicano.
Mais tarde, nos finais dos anos trinta do século XIX, com o desmembramento da Quinta dos Congregados, foram fundadas uma série de novas ruas na zona mais alta de toda a cidade do Porto, entre as quais a Rua do Monte dos Congregados (rua mais alta de toda a cidade do Porto, circulada por trânsito a peões e a automóveis), situando-se a mesma entre a Rua da Alegria e o velho Jardim do Monte do Tadeu.
No cimo do Monte dos Congregados esteve a Compagnie Géneral des Eaux Pour l`Etranger, que foi a concessionária do abastecimento de água à cidade do Porto desde 1887 até 1927.
Foi fundada também nessa época a Rua do Monte do Tadeu, na qual existe o melhor e natural, o mais alto e o mais bonito Miradouro da Cidade do Porto, e onde é possível ver, a partir dele, toda a Freguesia do Bonfim e, em dias de céu limpo, outras cidades vizinhas do Porto (Matosinhos, Valongo, Gondomar e V. N. Gaia), e ainda o Rio Douro e o Oceano Atlântico, bem como todas as pontes que fazem a ligação da cidade do Porto com a cidade de V. N. Gaia.
Actualmente o ponto mais alto de toda a cidade do Porto está a necessitar, urgentemente, de ser requalificado urbanisticamente, para depois poder ser visitado por muitas pessoas oriundas das mais variadas partes de Portugal e, até mesmo, de todo o Mundo.
Para chegar ao ponto mais alto de toda a cidade do Porto (Monte do Tadeu) basta subir a Rua do Monte dos Congregados pelo lado da Rua da Alegria e depois descer a já referida rua (Monte dos Congregados) e virar à direita para chegar ao velho Jardim do Monte do Tadeu.
Depois, vira-se novamente à direita até poder chegar a uma escada que dá acesso ao Principal Miradouro da Cidade do Porto. Ai pode contemplar-se paisagens magníficas, principalmente se conseguir ter acesso ao varandim do depósito de água da torre.


Mário de Sousa* - BONFIM, PORTO



*Projectista e Investigador, Licenciado como Técnico Superior em Avaliação da Qualidade de Estudos de Impacte Ambiental, sócio-fundador e presidente da Associação de Moradores de Monte do Tadeu / Santo Isidro, Bonfim-Porto.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

PONTO DE VISTA

Autarquia Portuense: com saber e seriedade a gerir o espaço público?
TEXTO PUBLICADO EM 25 DE AGOSTO DE 2009 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA N.º 2.

Governar uma cidade é também explicar à população tudo o que se fez, o que se está a fazer, as dificuldades que se colocaram e as que se colocam à gestão quotidiana dos municípios e de sobretudo não esconder nada, principalmente o que está para trás, nem os passos que se querem dar, com seriedade, para o futuro.

A qualidade de uma democracia também se mede pela exigência, credibilidade e pela forma como deve encarar-se e gerir com seriedade politicamente o espaço público.
Numa cidade, como por exemplo, o Porto, a democracia também se deve medir por soluções referendárias e retomar a tese que chegou a ser defendida, e bem, em campanha eleitoral, pelo antigo presidente da Câmara Municipal do Porto, o Socialista Fernando Gomes.
No passado da cidade do Porto, obras como a do Metro eram para o PSD/Porto e não só consideradas como sendo um projecto megalómano e, no entanto, passados que estão vários anos é ver actualmente os do não (PSD) ao Metro do Porto a defender com unhas e dentes e, no meu ponto de vista, de forma mesquinha, todo o projecto, principalmente algumas linhas, só para fazer oposição aos que sempre viram, desde o início, o que era melhor para toda a população da Área Metropolitana do Porto. E actualmente foi a vez de Rui Rio vir a terreiro afirmar que a obra do Metro do Porto é uma obra sua, no seu último infomail com o título, Porto: Este é o nosso caminho, que no passado dia 11 deste mês estava a ser distribuído em plena Rua da Alegria, na Freguesia do Bonfim, onde reafirma novamente: O PORTO EM PRIMEIRO. Quando o que devia dizer é: AS PESSOAS EM PRIMEIRO, quer sejam as que são nascidas e criadas na cidade do Porto, como também as que para aqui vieram trabalhar, estudar, etc..
Actualmente na cidade do Porto faz falta pôr em prática, de forma séria, o instrumento e mecanismo democrático para referendar algumas situações e soluções para o bem de todos, como, por exemplo, o facto dos actuais custos exorbitantes para toda a cidade do Porto do já aprovado acordo sobre o Parque Ocidental da Cidade do Porto.
O actual acordo para o Parque da Cidade é, da forma como nos é relatado pelos órgãos de comunicação social escrita, uma das decisões mais erradas tomadas pelo actual executivo. Se o dr. Rui Rio queria travar a construção na zona do Parque da Cidade, como, aliás, sempre estiveram previstas nos planos desde o seu início e para as abas do próprio parque, zonas demarcadas para a construção (frente urbana da Circunvalação e Avenida da Boavista), deveria o presidente da autarquia, Rui Rio, ter optado por um democrático referendo de forma a não deixar dúbio todo este e ainda mal explicado acordo para a cidade do Porto sobre o Parque Ocidental da Cidade.
É sabido que o actual acordo e, no meu humilde e despretensioso ponto de vista, é um mau negócio para toda a cidade do Porto, mas muito bom para os bolsos de alguns. O mesmo (acordo) implica que a autarquia portuense e o actual executivo de Rui Rio entregue aos actuais proprietários um total de 43,9 milhões de euros, num pagamento feito quase integralmente através da entrega de património imobiliário da cidade do Porto aos privados. E, aqui, o dr. Paulo Morais (militante do PSD) tem toda a razão quando afirma que: “o urbanismo é uma forma encapotada para transferir bens públicos para entidades privadas!”.
O dr. Rui Rio depois do final de uma sessão de esclarecimento sobre este assunto (Parque Ocidental da Cidade do Porto), não se disponibilizou para falar com os jornalistas sobre o tema em epígrafe.
Mas, entretanto é sabido que Rui Rio dá como contrapartida deste mau negócio para toda a cidade do Porto os Edifícios: Transparente, Matadouro da Cidade, os terrenos no Campo Alegre, Avenida Nun`Álvares (à Foz do Douro), Aldoar e Rua da Restauração. Em suma, Rui Rio está a vender a cidade do Porto por partes e ao desbarato.
Em dinheiro, a autarquia portuense terá de entregar ainda mais 240 mil euros. É, sem margem para duvidas, mais um mau negócio para toda a cidade do Porto, mas um muito bom negócio para os bolsos dos privados e, sobre os quais (negócios) Rui Rio tem a principal responsabilidade para com toda a cidade do Porto.
Muitos são os portuenses que ainda estão, no presente momento, a habitar em condições degradantes do ponto de vista de salubridade e não só, morando em habitações propriedade da Câmara Municipal do Porto (em ilhas, bairros e outro tipo de residências) sem o mínimo de condições sociais e humanas para os dias de hoje, em pleno século XXI, e a quem todos estes milhões de euros eram mais bem empregues, principalmente na questão do que deveria ser condição salubre para esses portuenses e inquilinos da Câmara Municipal do Porto.
Agora foi chegada a hora do PSD/Nacional através da boca do seu líder, Manuela Ferreira Leite, achar que o TGV e outras obras nacionais são projectos megalómanos para o nosso país. Eu aconselho a líder do PSD a ir falar primeiro com os industriais do país sobre as taxas de transportes para a exportação e só depois prenunciarse.
Peca por não fazer o trabalho de casa completo.
Mário de Sousa - BONFIM, PORTO

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Artur D`Oliveira Valença: memórias de uma vida dedicada aos desportos e a Portugal

CRÓNICAS PORTUENSES – História verdadeira e única



TEXTO PUBLICADO HOJE, QUINTA-FEIRA, 20 DE AGOSTO DE 2009, NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA N.º 3.


Artur D`Oliveira Valença (Nasceu a: 21 / FEV. / 1897 – Faleceu a: 12 / MAR. / 1978), cujo nome pouco ou nada diz, às camadas mais jovens, estará com certeza bem na memória daqueles
que foram jovens na década de 50. Natural do Porto, onde nasceu em 1897, Oliveira Valença cedo se apaixonou pelo boxe, sendo a França a grande responsável pelo seu entusiasmo, posto que ali viveu vários anos da sua juventude, precisamente numa altura em que os franceses maiores atenções dispensaram à nobre arte.
Regressado a Portugal, Oliveira Valença, entrou decisivamente no mundo do pugilismo, ficando a lhe dever-se o, lançamento do primeiro profissional, oriundo da sua cidade natal: Tarares Crespo, lá por 1918.
Em 1920, Oliveira Valença, fundou o Boxing clube de Portugal.
Guiado pela sua mão, um grande nome do boxe Português Santa Camarão, defrontou e venceu os melhores pugilistas da Europa.
Depois foi a vez de Horário Velh a, que mais tarde abandonou Portugal, rumo aos Estados Unidos, de onde voltou após alguns anos aureolado de grande prestígio.
Durante meia dúzia de anos, Oliveira Valença, organizou o Torneio Popular de Boxe, que reunia várias centenas de amadores e dos quais saíram pugilistas como: Valente Rocha, Licínio Passos, Miguel França, Filipe de Almeida e muitos outros entre os quais o próprio Horácio Velha.
Mas nem só de boxe se ocupou Oliveira Valença.
Em 1921, fundou o “Sporting”, Jornal Desportivo, o primeiro jornal desportivo bissemanário portuense que mais tarde deu origem ao mesmo, ser o primeiro jornal desportivo diário português, que manteve durante 32 anos, sendo posteriormente encerrado pela polícia do antigo regime político português.
Organizou e fomentou várias classes desportivas em Portugal, a primeira volta a Portugal em bicicleta, as 24 horas ciclistas, que se corriam no velho campo do Lima, e a volta ciclista do Porto, que reunia mais de 500 concorrentes.
Em 1923, Oliveira Valença, trouxe ao Porto um grupo de atletas franceses, o que serviu de acicate para o arranque do atletismo em Portugal.
Foi colaborador do jornal “A República”, além de ter criado as Edições AOV (Artur d`Oliveira Valença) sob cuja etiqueta publicou obras bastante valiosas, como por exemplo: Cartilha do Homem Livre – Declaração Universal dos Direitos do Homem, onde se lê: lê, faz por compreender, e no futuro defende os teus direitos como homem livre! Este livrinho nunca foi censurado, motivo porque nos últimos 25 anos da sua publicação muitos milhares de portugueses leram os 100.000 exemplares das suas várias edições, outra obra e da sua autoria é “O Marechal da Derrota”, “ Funo” – Guerra em Timor (3 Edições) de: Carlos Cal Brandão, “Os Julgamentos de Nuremberg” (I e II volume) de Dr... Frederik Berg, tudo sobre os criminosos de guerra “Os últimos dias de Hitler” de Trevor Roper, hora a hora até ao suicídio "A Última Defesa” de Alexandre Beck, A Defesa de Moscovo “O Grande Circo” de Pierre Clostermann, efeito da Bomba Atómica “Só nos resta rezar” de Adalbert Barwolf, entre outros títulos por si publicados.
A ele se deve a vinda para o F.C.P. dos jogadores KOPRENHA; PETRAK e BELA ANDRAZIK, recordando ele próprio mais tarde com muita saudade aquela equipa de futebol, onde os citados jogadores, ao serviço das cores azul e branca, deleitaram os olhos dos amantes do desporto-rei, aquando o futebol clube do Porto lhe atribui a galardoação de sócio honorário.
Oliveira Valença foi ainda Presidente do Boavista Futebol Clube, que era então de listas na vertical de cores preto e branco, e que com ele na presidência passou para a camisola actual de xadrez preto e branco.
Ele foi ainda um dos principais lutadores contra o antigo regime fascista português na cidade do Porto, onde foi um dos principais apoiantes do General Humberto Delgado sendo mesmo candidato da oposição a deputado pelo Porto juntamente com os nomes de: Dr. Artur Morgado Ferreira dos Santos Silva, Advogado, Dr. António Cândido Miranda Macedo, Advogado, Dr. Carlos Cal Brandão, Advogado, Coronel Hélder Armando dos Santos Ribeiro, Oficial do Exército e o Senhor Aguinaldo de Oliveira Santos, estudante (lista publicada no jornal “O Primeiro de Janeiro” de 12 de Outubro de 1965).
Artur d`Oliveira Valença e o seu jornal “Sporting”, jornal desportivo, fundaram ainda:
Federações

-Liga Portuguesa dos Clubes de Natação
-Moto Clube de Portugal
-Federação Portuguesa de Basquetebol, Colaboraram na Fundação
-Federação Portuguesa de Remo
-Federação Portuguesa de Box
Associações e Clubes
-Liga Portuguesa de Atletismo
-Boxing Clube de Portugal
-Comité Pró Sport
-Comité Pró Natação
-Pupilos do Sporting
-Grupo de Escoteiros, 41
Dirigiram
-Liga Portuguesa dos Clubes de Natação
-Federação Portuguesa de Remo
-Moto Clube de Portugal
-Federação Portuguesa de Basquetebol
-Federação Portuguesa Amadores de Bilhar
-Liga Portuguesa de Atletismo
-Delegação da Federação Portuguesa de Box
-Comité Pró Sport
-Comité Pró Natação
-Associação Portuense de Natação
-Clube Fluvial Portuense
-Boavista Futebol Clube
-Boxing Clube de Portugal
-Pupilos do Sporting
-Grupo de Escuteiros, 41
Artur d`Oliveira Valença foi assim e juntamente com o seu jornal desportiva “Sporting” fundador de federações, associações e clubes que viria a dirigir ao longo de décadas, e foi também a ele que se ficou a dever a organização de dezenas de provas desportivas, realizadas em todo o País nas modalidades de Aeronáutica, Atletismo, Automobilismo, Bilhar, Boxe Amador, Boxe Profissional, Ciclismo, Cross-Country, Football, Lawn Tecnic, Luta Greco-Romana, Motociclismo, Natação, Patinagem, Pesos e Alteres, Ping-Pong, Remo e Basquetes.
Foi ainda louvado pela Presidência da República, pelo Ministério da Guerra e pela Câmara Municipal do Porto pelas suas organizações desportivas.
Foi ainda o editor e autor de várias publicações de temas e edições literárias dedicadas aos desportos Portugueses, tendo mesmo editado uma colecção com o nome “Azes”, da qual era o autor, e que publicou:
1º Alfredo Trindade – Ciclismo
2º José Maria Nicolau – Ciclismo
3º Waldemar Mota – Football
4º Carlos Alves – Football
5º Álvaro Pereira – Football
6º Horácio Velha – Box
7º Artur de Sousa (Pinga) – Football
Artur d`Oliveira Valença foi assim, e quanto, a toda uma pesquisa feita por mim, um dos nomes
maiores dos desportos portugueses e igualmente um dos nomes de maior valor político de defensor dos direitos do Homem, não só na sua cidade natal (Porto) mas também por todo o Portugal e Europa, principalmente em França.
Sendo considerado o pai do profissionalismo do futebol, ciclismo e box em Portugal e o pai do
futebol-feminino português.
O nome de Rua Artur d`Oliveira Valença (1897/1978), à memória do jornalista, empresário, editor, autor, desportista (box) e dirigente desportivo (presidente do Boavista Football Club), vai ser dado a uma rua da cidade do Porto, na freguesia de Ramalde que se inicia na Rua de Francos e termina na Rua do Lugarinho, conforme o que foi aprovado em Assembleia da Comissão de Toponímia da cidade do Porto e que depois foi aprovado por unanimidade em reunião de executivo da Câmara Municipal do Porto, conforme noticiou o jornal “O Primeiro de Janeiro” na sua edição de sexta-feira 6 de Junho de 2003 na página 4 com o título de Actualidade.

Nota:
Toda a pesquisa, como também a proposta para homenagear com nome de rua na cidade do Porto foi feita por mim (pesquisa) e em nome da Associação de Moradores de Monte do Tadeu / Santo Isidro, Bonfim-Porto (a proposta para homenagear), o que já foi aceite, por unanimidade, pela Comissão de Toponímia da Cidade do Porto e confirmado em reunião de vereação da Câmara Municipal do Porto. Rua a criar entre a Rua do Lugarinho e a Rua de Francos, na freguesia de Ramalde. Nesta futura rua que já está em fase de acabamento e na qual já existe em construção um prédio com bastantes andares, estando a mesma (rua) previsto ser inaugurada até final de 2009.

Artur d`Oliveira Valença, ainda hoje tem descendentes, são eles: varias filhas, um filho, netas e netos.



Mário de Sousa - BONFIM, PORTO


quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Porto: infomail de Rui Rio que circula com inverdades

TEXTO PUBLICADO HOJE, QUARTA-FEIRA, 19 DE AGOSTO DE 2009, NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA N.º 2.

Fiquei bastante estupefacto com um rol de inverdades que vi e li no infomail com o título, Porto: Este é o nosso caminho, que no passado dia 11 deste mês estava a ser distribuído em plena Rua da Alegria, na Freguesia do Bonfim, e que pertencia ao actual executivo da Câmara Municipal do Porto, publicado pelo PSD-CDS/PP, onde se faz vários considerandos sobre algumas obras que nos últimos 8 anos foram surgindo pela cidade do Porto.
Fiquei ainda mais estupefacto quando ao lê-lo (infomail) fui reparando que Rui Rio na ânsia de mostrar obra feita bem a terreiro com algumas obras que foram executadas pelo Estado Português com verbas disponibilizadas pelo Governo Central em parceria com quadros de investimento oriundos da União Europeia, como, por exemplo, a obra do Metro do Porto que ficou conhecida na Cidade por ser um projecto e obra lançado pelo Dr. Fernando Gomes e ainda por naquele tempo todos no PSD dizerem mal do projecto e que o mesmo (Metro do Porto) era um projecto megalómano.
Outras obras que actualmente já se encontram executadas ou estão em fase de acabamento nas escolas do concelho, são projectos e obras que estão a ser financiados através do Ministério da Educação, de quadros comunitários e em parceria com o poder local (municipal) face á nova lei do ensino que atribuiu a gestão das escolas do Ensino Básico 1 ás autarquias.
Por tudo isto é preciso ter em atenção: se as obras do Metro do Porto arrancaram como também se iniciaram obras nas escolas da Cidade e não só, tudo isto se deve a boas políticas implementadas com empenho e determinação no terreno por Governos Socialistas, como também um outro sem número de obras feitas nas áreas da cultura, património urbanístico, solidariedade social, desportivo, emprego, saúde e etc..
O Sr. Rui Rio não deve mentir á população do Porto ao dizer que obras que foram feitas ou estão em fase de acabamento e a serem fiscalizadas e pagas pelo poder central através de órgãos legais de poder ou de empresas que nada tenham a ver com a autarquia da qual é legitimamente o seu presidente e por isso seu principal responsável, são projectos e obras de sua gestão e do seu município. A verdade fica bem em todo lado, até mesmo e principalmente quando se está em cargo público.
Sr. Rui Rio ficava muito bem que no mesmo infomail o Sr. disse-se com verdade quem fez e quem está a executar as referidas obras e de onde foram disponibilizadas as verbas para as mesmas, como, por exemplo, quanto foi a verba disponibilizada pelo actual Governo Português para aquela que é hoje uma das principais festas de animação da cidade, a Red Bull Air Race, mais conhecida por festa dos aviões.
Sr. Rui Rio, e em relação ao O Porto em Primeiro, como afirma novamente neste infomail, tenho a dizer-lhe que em primeiro devem vir as pessoas que pelo Porto circulam, sejam elas portuenses nascidos e criados no Porto ou sejam simples visitantes (trabalhadores, turístas, estudantes…).
Sempre entendi que estar em cargo público e fazer política é trabalhar com sinceridade para ajudar todas as pessoas a resolver os seus problemas e proporcionar mais saúde, felicidade e bem-estar para todos.
Eu, pessoalmente não quero que a minha amada cidade do Porto continue a ser mal gerida e, principalmente tendo na base a mentira, como aconteceu ao longo destes últimos anos e ainda hoje acontece referente ás obras prometidas a dezenas de famílias bonfinenses em terreno local e em Novembro de 2001 (em pré campanha eleitoral) por Rui Rio para a Travessa do Monte do Tadeu e ainda para as escadas de toda a Rua do Monte do Tadeu. Tudo isto já fez duas vítimas na Travessa do Monte do Tadeu.
Mário de Sousa - BONFIM, PORTO

terça-feira, 18 de agosto de 2009

MONTE DO TADEU: O PONTO MAIS ALTO DE TODA A CIDADE DO PORTO!
















CRÓNICAS PORTUENSES – HISTÓRIA PORTUENSE VERDADEIRA


Monte do Tadeu: o ponto mais alto de toda a cidade do Porto!




TEXTO PUBLICADO EM 18 DE AGOSTO DE 2009 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA N.º 2.


Toda esta zona habitacional é nada mais, nada menos do que a zona mais alta existente em toda a cidade do Porto. Estamos a falar da zona habitacional do Monte do Tadeu e do Monte dos Congregados.


A história desta zona habitacional remonta ao tempo dos Padres e Frades da Congregação do Oratório de Regra em honra de S. Filipe de Néri, que estabeleceram a sua casa na cidade do Porto, no ano de 1680, mesmo ao pé da estação de S. Bento, num espaço ainda hoje existente e actualmente ocupado pela Igreja dos Congregados em honra de Santo António, e obtiveram para seu recreio uma vasta propriedade com casa que servia, simultaneamente, de hospital, nas abas do Monte de Santa Catarina, que deles recebeu o nome de Quinta dos Congregados.
Data d e 1785 o mais antigo registo paroquial (Santo Ildefonso) que se refere a esta zona (uma Quinta do Monte de Santa Catarina).
Os Padre s e os Frades congregados a S. Filipe de Néri possuíram essa Quinta, para seu recreio, até ao ano de 1834, ano em que entrou na posse do Estado (CM do Porto) em virtude da extinção das Ordens Religiosas . O novo proprietário (CM do Porto) vendeu-a, por baixo preço, a um cidadão Brasileiro, de apelido Moreira.


Foi este quem mandou (fazendo uma concepção) explorar uma grande pedreira, no ano de 1852, que ali existia, e ainda existe no actual espaço da Cooperativa dos Pedreiros Portuense e em terrenos vizinhos, cedendo depois parte do leito dela à Câmara Municipal do Porto, o que veio mais tarde a dar origem a parte da Rua Duquesa de Bragança, depois chamada de Heróis de Chaves, e hoje conhecida por Rua de D. João IV.


Nesta rua desembocavam duas serventias, sem continuidade: a da Igreja de Santa Catarina, que no ano de 1835 tomou o nome de Rua de Fernandes Tomá s , e uma outra que é a Rua do Moreira – o feliz cidadão Brasileiro, dono da Quinta dos Congregados – mais tarde prolongada até à Rua de S. Jerónimo , fundada em 1878, que em 1913 tomou o nome de Rua de Santos Pousada, ilustre Jornalista, Professor, Político da cidade do Porto, Deputado e Republicano.


Mais tarde, nos finais dos anos trinta do século XIX, com o desmembramento da Quinta dos Congregados, foram fundadas uma série de novas ruas na zona mais alta de toda a cidade do Porto, entre as quais a Rua do Monte dos Congregados (rua mais alta de toda a cidade do Porto,
circulada por trânsito a peões e a automóveis), situando-se a mesma entre a Rua da Alegria e o velho Jardim do Monte do Tadeu.
No cimo do Monte dos Congregados esteve a Compagnie Géneral des Eaux Pour l`Etranger, que foi a concessionária do abastecimento de água à cidade do Porto desde 1887 até 1927.
Foi fundada também nessa época a Rua do Monte do Tadeu, na qual existe o melhor e natural, o mais alto e o mais bonito Miradouro da Cidade do Porto, e onde é possível ver, a partir dele, toda a Freguesia do Bonfim e, em dias de céu limpo, outras cidades vizinhas do Porto (Matosinhos, Valongo, Gondomar e V. N. Gaia), e ainda o Rio Douro e o Oceano Atlântico, bem como todas as pontes que fazem a ligação da cidade do Porto com a cidade de V. N. Gaia.
Actualmente o ponto mais alto de toda a cidade do Porto está a necessitar, urgentemente, de ser requalificado urbanisticamente, para depois poder ser visitado por muitas pessoas oriundas das mais variadas partes de Portugal e, até mesmo, de todo o Mundo.
Para chegar ao ponto mais alto de toda a cidade do Porto (Monte do Tadeu) basta subir a Rua do Monte dos Congregados pelo lado da Rua da Alegria e depois descer a já referida rua (Monte dos Congregados) e virar à direita para chegar ao velho Jardim do Monte do Tadeu. Depois, virase novamente à direita até poder chegar a uma escada que dá acesso ao Principal Miradouro da Cidade do Porto. Ai pode contemplar-se paisagens magníficas, principalmente se conseguir ter acesso ao varandim do depósito de água da torre.




Mário de Sousa - BONFIM, PORTO


quinta-feira, 13 de agosto de 2009

CRÓNICAS PORTUENSES



Morada portuense: com história centenária e sete séculos de solidariedade

A antiga morada de sede da Irmandade do Ofício de Sapateiros e Trabalhadores de Couro, fundada no século XIII, na cidade do Porto, situava-se no extinto Largo de S. Crispim, no princípio das ruas de S. Ana e da Biquinha, junto do actual Largo de S. Domingos, tendo sido aí construído o Hospital dos Palmeiros pelos Beneméritos da Irmandade, Martim Barreiros e sua esposa Joana Martins que fizeram doação dos seus bens à Irmandade, como consta de um pergaminho datado do ano de 1345 e que felizmente, ainda hoje se conserva nos arquivos desta Irmandade.
Muito mais tarde, para a abertura da Rua Mouzinho da Silveira, em 1875, o Hospital dos Palmeiros foi demolido, tendo a Câmara Municipal do Porto pago à Irmandade a quantia de 19.800 reis e um terreno, no Lugar da Póvoa de Cima, agora denominado por Praça da Rainha Dona Amélia (entre as ruas de Santo Isidro e Latino Coelho), situando-se na actual Rua de Santos Pousada, na freguesia do Bonfim, na cidade do Porto, para aí ser reconstruída a Igreja e construído o edifício sede da actual Irmandade de S. Crispim e S. Crispiniano.
Esta igreja em honra dos dois irmãos (S. Crispim e S. Crispiniano) foi benzida no ano de 1878. É uma igreja muito bonita e muito simples, de nave única, com modestos mas bem proporcionados altares em estilo neoclássico e sem enxertos posteriores.
Tem quatro imagens e um Cristo de apreciável valor, bem como alguns quadros e duas tábuas de missas e de indulgências que eram da antiga igreja. O edifício contíguo à Igreja é dotado de uma ampla sacristia e sala de sessões da mesa administrativa da Irmandade no rés-do-chão, residência do Reitor, Heitor Vieira Pinto, e acesso ao Coro no primeiro andar.
Foi construído, recentemente, um auditório com 150 lugares, com salas de apoio e acesso para o exterior para uma rua lateral. Valores Culturais: é sobretudo de grande valor o arquivo documental da Irmandade, com praticamente todos os livros desde o século XVII, livros de tombo, registo de propriedades, doações, contas, fotos, etc..
Muito importantes são, sobretudo, alguns pergaminhos do século XVI e o “compromisso da Irmandade do Ofício de Sapateiro”, com 24 folhas de pergaminho e iluminuras, datado de 20 de
Setembro de 1592, que é considerado como o primeiro estatuto duma instituição corporativa na cidade do Porto. Festas: a dos padroeiros de S. Crispim e de S. Crispiniano, no domingo mais próximo do dia 25 de Outubro.
A actual igreja bem como toda a Irmandade de S. Crispim e S. Crispiniano está afecto à comunidade pastoral da paróquia canónica da Senhora da Conceição, situada na Praça Marquês do Pombal, na cidade do Porto.
O meu muito bem-haja ao Sr. Reitor Heitor Vieira Pinto pela sua amável disponíbilidade do seu tempo, pelo facto de me dar a honra de eu poder visitar as já referidas instalações e em seder-me bastante documentação que me ajudou a fezer esta crónica portuense.
Sr. Reitor Heitor Vieira Pinto mais uma vez quero agradecer-lhe o muito que tem feito por toda a zona habitacional.
Mário de Sousa - BONFIM, PORTO

terça-feira, 11 de agosto de 2009

CRÓNICAS PORTUENSES

Uma Senhora do Porto na Igreja do Senhor Jesus da Boa-vista, na Freguesia do Bonfim








TEXTO PUBLICADO TERÇA-FEIRA, 11 DE AGOSTO DE 2009 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA N.º 2.



A comunidade de Montebelo, actualmente situada na antiga Capela (hoje Igreja) do Senhor Jesus da Boa-Vista, faz uma das mais bonitas festividades que se realiza na freguesia do Bonfim, na cidade do Porto, em honra de Nossa Senhora do Porto.


Já dizia Almeida Garrett em “Viagens na Minha Terra”: “A religião de Christo é a mãe da liberdade, a religião do patriotismo sua companheira”. O que não respeita os templos, os monumentos de uma e outra, é mau amigo da Liberdade, e o Almeida Garrett já naquele tempo estava coberto de razão.


Pois é nos dias 25 a 28 de Setembro que normalmente estas festividades têm lugar. Trata-se de mais um ano em que a tradição ao monumento em honra de Nossa Senhora do Porto é respeitada por toda uma comunidade religiosa ciente da tradição popular que teve origem por volta de 1809, ano em que por ocasião da invasão francesa se tornou notável a defesa d`esta cidade nas trincheiras. Desde o monte do Senhor do Bonfim, passando pela Capela do Senhor da Boa-Vista, até ao Monte dos Congregados (onde existiam baterias militares) a cidade era defendida.
É sabido que no memorável e tristíssimo dia 20 de Março de 1809, por ocasião da invasão francesa, nas ruas da cidade do Porto, andava um soldado das hostes napoleónicas com a imagem da actual Nossa Senhora do Porto a oferecê-la à venda dos raros transeuntes que topava. Um destes foi o piedoso varão, já há muitos anos falecido, Lorenço Inverno, então empregado que era da Câmara Municipal do Porto, que lhe ofereceu um pinto, moeda de prata no valor de 480 réis, denominado cruzado novo. E como o soldado lha cedeu, foi depois levada para a ermida, salvando-se deste modo aquela que é ainda hoje uma boa e s c u l t u r a, talvez outrora roubada de algum templo ou tirada de um oratório, naqueles momentos terríveis em que a soldadesca invasora saciou a sua cobiça, nas horas do saque que faziam na cidade do Porto.
A já referida imagem monumental de Nossa Senhora do Porto está hoje exposta na Capella do Senhor da Boa-Vista, quase ao fim da Rua Joaquim Urbano (antiga Rua Montebelo), pouco distante do histórico local do Guellas de Pau, e foi edificada (a capela) em 1767. Foi depois reconstruída e ampliada em 1864, ainda foi reconstruída em 1979 e ultimamente melhorada tanto no interior como também exteriormente, graças aos esforços das últimas administrações.


É hoje uma muito bonita capela que deve ser visitada, não só pelos devotos a Nossa Senhora do Porto ou do Senhor Jesus da Boa-Vista.
Depois da sua edificação, a capela foi patrimoniada no ano de 1797. Quem lhe fez ou doou o património foi o reverendo Cónego da Sé do Porto, José Maria de Souza, professo na ordem de Christo, por emprazamento perpétuo que fez a Custódio Gonçalves e sua mulher Joanna Rosa, da freguesia de Paranhos, na cidade do Porto, imputando-lhe a renda de quatro mil réis anuais.
E a tradição popular continua na freguesia do Bonfim, na cidade do Porto, e tanto que, há talvez
um século, por motivo de uma grande estiagem, se organizou uma procissão em que aquela imagem saiu da sua capela, foi até ao actual Campo 24 de Agosto, subiu a Rua do Bonfim, onde esteve na respectiva igreja e regressou festivamente ao seu humilde cantinho no interior da actual Capela do Senhor Jesus da Boa-Vista.
É esta a imagem que comemora a época em que a cidade da Virgem aos títulos que possuía de Mui Nobre, Sempre Leal Cidade viu acrescentado o de Invicta.


Ao acabar esta minha história portuense em forma de memória, não quero fazêlo sem primeiro agradecer ao Sr. José Morais de Sousa pelo seu contributo e disponibilidade, e por me ter cedido documentação muito útil para a feitura desta crónica, Bem-haja por tudo.


Mário de Sousa - Bonfim, Porto


mario.sousa1@sapo.pt / mario.sousa@europe.com

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Autarquia Portuense: pequenas obras na cidade em velocidade de cruzeiro!...

TEXTO PUBLICADO EM 10 DE AGOSTO DE 2009 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA N.º 2.

Na proximidade das eleições legislativas e autárquicas está todo o executivo municipal portuense empenhado, correndo, a realizar algumas pequenas obras para dar nas vistas, entenda-se aqui que dar nas vistas é o alcatroamento de algumas ruas da cidade do Porto, é o ter a atenção redobrada para com as zonas tradicionais onde existem contentores de recolha de lixos domésticos, são as excursões para os mais velhos realizadas por algumas Juntas de Freguesias em dobro ou a triplicar por estar-mos em ano de realização de vários actos eleitorais, são as verbas que se injectam nas associações onde até são conhecidos alguns elementos de várias direcções por militarem nos mesmos partidos políticos (PSD/CDS-PP) que actualmente governam mal, no meu ponto de vista, os destinos da nossa amada cidade do Porto.
Caros portuenses onde estão as obras prometidas á oito anos por Rui Rio? Onde estão executadas as obras de intervenção em quarteirões prometidas por Rui Rio? Onde estão as dinâmicas (mais pessoas) para a baixa da cidade do Porto e o dinamizar do comércio local, prometido por Rui Rio?
Porque nisto, caros portuenses, não vasta vir a terreiro falsamente pôr as culpas em quem já não as tem á muito tempo, como foi, por exemplo, o caso do túnel de Ceuta, para com isso se atingir uma maioria na Câmara Municipal do Porto e depois deixar a nossa amada cidade do Porto entrar numa cada vez mais crescente estagnação.
Faz falta para a cidade do Porto executar novos projectos e passados que estão oito anos de governação Rui Rio faz muita falta ver novas obras, á muito prometidas por Rui Rio, concluídas no terreno para bem de uma cidade que se quer num bom ritmo de desenvolvimento.
Não é fazer o que ainda vi no passado dia 5 de Junho de 2009, em plena Rua de Latino Coelho, mesmo em frente da paragem dos STCP, onde andava um carro varredora da Câmara Municipal do Porto a limpar a já referida rua em vésperas de eleições europeias. Quando em bastantes meses anteriores nunca ninguém vê por cá a dita varredora a limpar.
Sempre entendi que fazer política é trabalhar com sinceridade para ajudar todas as pessoas a resolver os seus problemas e proporcionar mais saúde, felicidade e bem-estar para todos.
Mário de Sousa - Bonfim, Porto

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

HISTÓRIA DE UM HOMEM DO NORTE


Homem da Freguesia de S. Mamede Ribatua, Concelho de Alijó
TEXTO PUBLICADO EM 6 DE AGOSTO DE 2009 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA N.º 3.

A neblina fria enche a manhã escura de Inverno. O dia demora e tarda a chegar e os ventos do norte cortam por entre as ruas ainda desertas e calmas.
O senhor António Pássaro sai de sua casa, em S. Mamede Ribatua, no seu passo rápido de quem se habituou a fintar a bruma da manhã. Ainda é muito cedo e a freguesia de S. Mamede Ribatua ainda dorme.
Todos os dias o senhor António Pássaro sai da sua cama lá por volta das sete horas da manhã para estar no trabalho às nove horas.
Deixando a família ainda entregue ao sono sacode o seu sobretudo de lã enquanto enfrenta a baixa temperatura que parece não sentir.
Frio é coisa que não tenho, desde que comecei a trabalhar! Com a idade de 12 anos.
É o hábito de andar a pé, há 52 anos que faço isto.
Nesta profissão de acompanhar as obras na cidade o pior, algumas das vezes, é mesmo a chuva, diz com a voz da experiência.
Na sua empresa de estudos e projectos de engenharia vai encontrar os seus amigos, colegas e colaboradores que também gostam de chegar antes da hora indicada. A cidade de Alijó espera pelas obras, em constante mudança, pois são ainda bastantes trabalhadores que todos os dias se empenham num corrupio de quem quer fazer algo para o bem colectivo de uma cidade e de um País.
Ele não é o único cidadão de Alijó a estar empenhado pelo bem-estar de todos com um sentido social e solidário no colectivo de uma cidade como é a cidade de Alijó.

Ele é um dos poucos que não falta a uma Assembleia Municipal de Alijó e também da sua freguesia de S. Mamede Ribatua para poder acompanhar de perto a vida social e humana da sua terra.
Actualmente a presidir a uma Associação de Moradores da cidade consegue ter uma noção muito mais real das necessidades da população de Alijó e no que diz respeito aos problemas sociais e urbanos da cidade e, em especial, da sua freguesia de S. Mamede Ribatua.
O senhor António Pássaro, simples cidadão de S. Mamede Ribatua (Alijó), mas muito enérgico, chega mesmo a afirmar no seu meio de residência e influência de que actualmente a sua freguesia de S. Mamede Ribatua e a cidade de Alijó estão muito melhores do que quando era ainda criança ou mesmo jovem.
Ao fim e ao cabo o senhor António Pássaro poderia ser cada um de nós, com o sentir de cidade e do que lhe passa por perto, sempre atento ao saber, ao saber fazer e ao saber fazer bem em prol de qualquer freguesia ou cidade do País.
Mário de Sousa - Bonfim, Porto

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Não basta estar com os dois pés no porto!

TEXTO PUBLICADO EM 3 DE AGOSTO DE 2009 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA N.º 2.

Não basta dizer a todos os Portuenses que se está com os dois pés na cidade do Porto se a cabeça só está a pensar estar em Lisboa, quer seja na actual vice-presidência do PSD ou num talvez possível lugar de um futuro governo PSD.
Na cidade do Porto quem a estiver a gerir tem de estar de alma, cabeça e coração. A cidade do Porto precisa, cada vez mais, de uma pessoa honesta que tenha capacidade de mobilização, de criar novas ideias, projectos e obras com empenho e determinação.
A cidade do Porto actualmente está num beco mas num beco que ainda tem saída.
O Porto foi a cidade do país que mais população residente perdeu desde o ano 2001. 15,7% da população portuense abandonou a cidade, o que contrasta com o crescimento de 6,2% nas restantes cidades do Grande Porto. A nossa cidade do Porto perde cerca de 18 habitantes por dia.
20% da população da cidade do Porto tem mais de 65 anos de idade e 10% mais de 75 anos. Por cada 100 habitantes em idade activa, existem 31 com 65 anos ou mais.
A cidade do Porto tem uma taxa de desemprego de 10% e são cada vez mais os jovens qualificados que estão sem trabalho; 12,4% dos desempregados na cidade do Porto são pessoas com menos de 25 anos, 12,2% possuem um ou mais cursos superiores.
Os bairros sociais albergam 20% da população residente, desde crianças e jovens até idosos. Quase 114 mil residentes na cidade do Porto (51,3% da população) vivem de subsídios públicos.
O baixo rendimento escolar deve-se ao elevado insucesso e ao abandono escolar e ainda a baixas taxas de pré-escolarização.
A degradação do nosso Centro Histórico deve-se a que a nossa cidade do Porto é o concelho do país com maiores problemas de conservação dos edifícios. Por outro lado, subsistem as carências de milhares de famílias que habitam em bairros municipais, como, por exemplo, no Aleixo, no Cerco do Porto, etc.. Não esquecendo as mais de 1000 ilhas que continuam a existir e para as quais ainda não foi dada uma resposta por parte da autarquia portuense.
É de referir ainda o empobrecimento cultural de toda a cidade do Porto que se deve ao facto da ausência de sinergias entre todos os actores culturais nestes últimos sete anos.
A perda de atracção de investimentos e empresas para a cidade do Porto é reflectida pela perda de grandes empresas, como, por exemplo, a Mota & Engil e o Corte Inglês. Não esquecendo as incapacidades de reter na cidade do Porto grandes instituições de referência como é o Teatro Experimental do Porto, o Círculo Portuense de Ópera e o Centro de Estágio do Futebol Clube do Porto.
Tudo isto deve-se a uma má gestão financeira do actual executivo da Câmara Municipal do Porto. A cidade do Porto é a terceira autarquia mais endividada de todo o país, com cada portuense a dever, em média, cerca de 700 euros por ano. A cidade do Porto possui ainda a 2ª pior empresa municipal em termos de resultados económicos, a Porto Lazer, cuja gestão financeira, todos sabemos, está envolta em dívidas e falta de transparência.

Sempre entendi que fazer política é trabalhar com sinceridade e honestidade para ajudar todas as pessoas a resolver os seus problemas e proporcionar mais saúde, felicidade e bem-estar para todos.


Mário de Sousa - Bonfim, Porto
mario.sousa1@sapo.pt / mario.sousa@europe.com