quinta-feira, 18 de junho de 2009

Novos empregos criados pelo Estado e intituições de economia social

Publicado em 18 de Junho de 2009 no Jornal "O Primeiro de Janeiro", Página 2.


Foi elogiado pelo nosso Primeiro-Ministro, José Sócrates, a rapidez com que as instituições de economia social responderam ao apelo do Governo, afirmando que o país, “hoje mais do que nunca”, precisa destas instituições para responder ao desemprego, fenómeno que classificou como a “consequência mais grave” da difícil situação económica e social “em que estamos mergulhados”.
O papel das instituições ligadas à economia social assume actualmente um protagonismo absolutamente decisivo na resolução dos problemas relacionados com o desemprego.
O nosso Primeiro-Ministro, José Sócrates, assinou, em plena cerimónia para esse efeito, seis dezenas de protocolos estabelecidos entre o Estado e diversas instituições sociais, que vão permitir, numa primeira fase, integrar no mercado de trabalho 670 jovens e desempregados no quadro da “Iniciativa Emprego 2009”.
José Sócrates, que presidiu na cidade do Porto a este evento, referiu que a parceria estratégica agora encontrada entre o Estado, as empresas e um conjunto de instituições sociais, vai permitir criar um quadro credível e sustentável, capaz de responder num espaço de tempo razoável, como frisou, aos problemas do emprego de algumas centenas de pessoas.
Recorde-se que todos estes protocolos assinados na Cidade Invicta, entre o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e várias instituições sociais, no âmbito da “Iniciativa Emprego 2009”, decorre de um programa dinamizado pelo Estado que envolve um investimento de cerca de 580 milhões de euros, e tem por objectivo exclusivo a promoção do emprego.
Os protocolos agora estabelecidos entre o Estado (IEFP) e um conjunto largo de instituições, designadamente a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local, a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, a Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas, a Confederação das Cooperativas Portuguesas, a União das Misericórdias Portuguesas, a União das Mutualidades Portuguesas e mais 58 outras instituições da região Norte, visam ajudar à inserção no mercado de trabalho, numa primeira e imediata fase cerca de 580 desempregados e realizar aproximadamente 90 estágios profissionais para jovens.
A partir de agora, salientou o nosso Primeiro-Ministro, a propósito do estabelecimento destes protocolos, mais 670 pessoas que presentemente estão no desemprego “vão passar a ter uma oportunidade para beneficiarem de uma actividade profissional digna”, frisando que o objectivo do Governo ao lançar este programa “Iniciativa Emprego 2009” é proporcionar que cerca de 30 mil desempregados passem a ter uma efectiva inserção no mercado de trabalho.
O nosso Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, lembrou que, apesar da crise, todos os dias “se estão a criar novos postos de trabalho”, reconhecendo que o papel prioritário que deverá neste particular estar reservado ao Estado, é o de assumir uma tarefa determinante na ajuda a encontrar as condições para que as decisões possam ser tomadas de forma célere e envoltas em menos incertezas.
Vieira da Silva afirmou ainda que se cabe ao Governo, “como defendo”, criar as condições para que essas decisões sejam mais rápidas, então justificam-se, sublinhou, os apoios e incentivos previstos no programa “Iniciativa Emprego 2009”, que têm como principais objectivos, “mobilizar a sociedade portuguesa para a manutenção dos empregos existentes, facilitar a entrada dos jovens no mercado de trabalho e criar condições para acelerar a transição entre a perda do emprego e o regresso ao mercado de trabalho“.


Mário de Sousa* - Bonfim, Porto

*Projectista e Investigador, Licenciado como Técnico Superior em Avaliação da Qualidade de Estudos de Impacte Ambiental
mario.sousa1@sapo.pt / mario.sousa@europe.com

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