terça-feira, 1 de junho de 2010

PLANOS CONTRA AS CRISES ECONÓMICAS NA EUROPA


TEXTO PUBLICADO EM 1 DE JUNHO DE 2010 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA 2.

PONTO DE VISTA

PLANOS CONTRA AS CRISES ECONÓMICAS NA EUROPA

Em Portugal já José Sócrates durante o ano de 2008 previu a ameaça económica que o mundo iria enfrentar no ano de 2009 e lançou atempadamente uma série de medidas para com isso minorar a crise mundial e para que a mesma (crise) tenha um impacto diminuto quando atingisse o nosso país no ano de 2009. José Sócrates apostou, e bem, em apoiar as empresas para através das mesmas salvar e manter ao máximo possível os empregos, salvando deste modo o maior número de postos de trabalho.
Posteriormente é pedida, com carácter de urgência, uma reunião pela Comissão Europeia destinada a debater e a lançar medidas com fins a estimular e a fazer frente à actual recessão financeira e económica que se vive em toda a união dos 27 Estados-Membros. Todas as medidas foram na sua substância aceites e subscritas pelos 27 Estados-Membros da União Europeia ali representados.
Para o nosso Primeiro-Ministro, José Sócrates, trata-se de um plano bem pensado e útil, recordando que Portugal desde muito cedo manifestou o seu apoio à estratégia da Comissão Europeia de combate à crise financeira internacional, tanto mais que o plano europeu, diz José Sócrates, “coincide na sua essência”, com a estratégia do Governo Português que desde o início apontou para o reforço do investimento público como a solução mais correcta para enfrentar a crise financeira e económica internacional.
É hoje notório que o Programa da Comissão Europeia visa à escala europeia lançar um movimento de investimento que permita também reduzir o impacto da crise financeira nas várias economias dos 27 Estados-Membros, solução esta que coincide com o ponto de vista e as medidas lançadas já anteriormente por José Sócrates em Portugal. Este é o momento em que eu e muitos Portugueses olhamos para o Estado à espera que ele aja e não que fique sentado, parado e à espera que a crise passe.
A chanceler alemã, Ângela Merkel, sublinhou também a este propósito, trata-se de um instrumento de grande importância estratégica no combate à crise financeira internacional que começa a atingir a Europa, mas que será gerido e posto em prática “segundo cada governo e tendo em vista os diferentes instrumentos que cada país dispõe”.
O acordo estabelecido entre os 27 Estados-Membros pretende que o esforço de relançamento da economia corresponda a um investimento público de cerca de 1,5% do PIB europeu, qualquer coisa como 200 mil milhões de euros, sendo condição assumida por todos que as medidas a aplicar possam ser coordenadas, apesar da especificidade de cada Estado, de modo a potencializar os seus efeitos, evitando, deste modo, como dizem, que novos obstáculos e problemas possam surgir.
A Comissão Europeia espera, por outro lado, que a maior parte deste “bolo” provenha dos orçamentos nacionais, cerca de 170 mil milhões de euros, sendo os restantes 30 mil milhões de euros financiados pelo Banco Europeu de Investimento, e pelo Fundo Europeu para a energia, alterações climáticas e infra-estruturas.
Bruxelas autorizou, por outro lado, que os governos possam deixar de cumprir o Pacto de Estabilidade e Crescimento, permitindo assim, e pela primeira vez desde que o euro foi instituído, que os países europeus saneiem mais tarde as suas contas públicas, sublinhando, todavia, que esta autorização só permite que os défices ultrapassem “ligeiramente os 3% preestabelecido”.
Vamos ficar á espera que todas estas medidas sejam suficientes e que a actual crise financeira e económica internacional passe o mais rápido possível para bem de todos.


Mário de Sousa* - Bonfim, Porto, Portugal

*Consultor de Comunicação

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