quinta-feira, 22 de outubro de 2009

AMBIENTE

TEXTO PUBLICADO EM 22 DE OUTUBRO DE 2009 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA 2.

Autarquia Portuense: dignifiquem os jardins porque neles há gente que sabe!

Durante bastantes anos os Serviços Municipalizados de Parques e Jardins da Câmara Municipal do Porto, no tempo do Vereador do Ambiente, Eng. Orlando Gaspar, foram reconhecidos por todos como exemplares, pelo trato e pela qualidade de arranjo que imprimiam aos jardins de toda a cidade do Porto. A Avenida dos Aliados era um dos maiores e mais visível espelho de tal sentido profissional e dedicação, mas o excelente critério estendia-se também a muitos outros jardins e espaços com placas ajardinadas.
Hoje há situações bastantes chocantes e que contrariam isto, não por culpa maior dos ditos Serviços Municipalizados de Parques e Jardins, mas pelas opções técnico-paisagísticas de quem mexeu em alguns jardins e espaços ajardinados e os desvirtuou, por completo ou em parte. Refiro três casos, o primeiro, da Avenida dos Aliados onde o novo arranjo fez desaparecer os espaços ajardinados, a muito bonita calçada antiga portuguesa com os seus magníficos e belos desenhos; os outros, dos jardins da Cordoaria e do Marquês de Pombal, que justificam urgentemente uma boa reflexão, pelo absurdo que algumas opções paisagísticas comportam.
Vamos a factos: o Jardim da Cordoaria, de remanescências filipinas na sua concepção original, tal como alguns passeios ainda com nome na cidade, Virtudes, Cardosas e Fontainhas, era um jardim “empenado”, que se adaptava às diferenças de cotas entre arruamentos extremos e tinha, antes de ser destruído, um muito belo desenho romântico. Todo o espaço é hoje incaracterístico, sem unidade urbana e com alguns erros de palmatória na sua concepção, que se estendem também ao vizinho arranjo a norte da Cadeia da Relação.
O Jardim do Marquês de Pombal teve um trato bem diferente. Não sei se por pressão pública ou bom senso, acredito nos dois. O arq.º Souto Moura respeitou globalmente o desenho pré-existente e o jardim manteve-se, quase na mesma. Contudo, no que se refere ao pormenor mais fino e, por certo, a opção paisagística, o arranjo de canteiros tem opções absurdas e complicadas, parecendo até que o projecto ficou por acabar, tal é a falta de verde e de colorido.
Resultado, o Jardim do Marquês de Pombal está com um aspecto degradado e sem arrelvamento nos locais onde o houve anteriormente e agora se vêem amostras de várias espécies sem nexo e que não vingam.
Poder-se-ia até dizer que era vandalismo, mas de tal não se trata, pois nos chegam queixas de pessoas que não percebem por que está aquilo assim e remetem para os Serviços Municipalizados de Parques e Jardins as culpas. Que sei não serem dos Serviços de Jardins da Câmara, mas convinha vir a terreiro e esclarecer a opinião pública sobre todo este assunto, ou então o Município assumir o encargo e resolver, de uma vez por todas, o problema. Assim, com amostras avulsas de ensaios de espécies que já se viu não levam a lado nenhum, a degradação aprofunda-se e aquilo que poderia, e deveria, ser um jardim de verdade, reabilitado e revitalizado, corre o risco de deixar fugir tal oportunidade. Chamo a atenção do arquitecto Souto Moura que todo o seu esforço (empenho e determinação) de reabilitar o desenho de tão nobre espaço de referência da cidade do Porto pode ir por água abaixo, se não for corrigido depressa a incompreensível opção paisagística dos canteiros. O bem custa muito a ver-se, o mal amplia-se e ganha o terreno de um dia para o outro!
À Autarquia Portuense um alerta: dignifiquem os Serviços de Parques e Jardins porque neles há gente que sabe e percebe de jardins e de espaços ajardinados com verdade, empenho e determinação. Gente que sabe o papel que os jardins desempenham para todas as pessoas na sua Amada, mui nobre, antiga e sempre leal invicta cidade do Porto.


Mário de Sousa - BONFIM, PORTO

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terça-feira, 20 de outubro de 2009

PONTO DE VISTA

CÂMARA MUNICIPAL DO PORTO COM DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS!

TEXTO PUBLICADO EM 20 DE OUTUBRO DE 2009 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA 2

No que diz respeito á cidade do Porto e, em especial á freguesia do Bonfim, a gestão da Câmara Municipal do Porto, mais propriamente dito,a gestão da habitação social desta autarquia portuense está a aplicar doispesos e duas medidas na requalificação das habitações dos bairros municipais.A autarquia ao requalificar o Bairro de Fernão de Magalhães esquecesede colocar em cada entrada dos respectivos blocos habitacionais umaporta para uma maior segurança dos mesmos (blocos habitacionais). Enquantoque em outros bairros municipais, como, por exemplo, no Bairrode Lordelo do Ouro e no Bairro do Regado, ambos estão já com os respectivosportões de segurança em cada bloco habitacional.Outra das situações que actualmente acontece é o que se está a passarcom a colocação de persianas nas respectivas janelas, em que no Bairro deFernão de Magalhães é do tipo antigo e já muito em desuso, e que nos outrosbairros já é feito com um tipo de persianas mais funcional, higiénicoe muito mais moderno.Isto para não falar da falta de atenção que está a ser dada á questão dosjardins e do estacionamento que tem posto os nervos em franja de todosos moradores do Bairro de Fernão de Magalhães, alguns dos quais metenhem relatado estas e outras situações, e que segundo dizem já ser doconhecimento da Câmara Municipal do Porto e, por parte dos fiscais quetenhem vistoriado as fracas obras do Bairro de Fernão de Magalhães, nafreguesia do Bonfim, bem como por parte dos engenheiros da autarquiaportuense que supervisionam as já referidas obras de todo o Bairro deFernão de Magalhães.Neste caso específico, a Senhora Vereadora da Habitação e Acção Socialda Câmara Municipal do Porto, Dra. Matilde Alves, não pode continuara dizer a todos os moradores do bairro que a autarquia portuensenão tem dinheiro, porque não é verdade. Porque o dinheiro que deveriaser aplicado para o restauro dos bairros da cidade do Porto vai direitinhopara as corridas de carros antigos (calhambeques) que se realizam na zonada Foz e a Boavista.Portanto, Senhora Vereadora Matilde Alves, faça lá um esforçozinhopara que quando se fizer a requalificação nos bairros municipais na freguesiado Bonfim e outras, os mesmos sejam tratados com a mesma dignidadee atenção que está a ser dada aos outros bairros municipais da cidadedo Porto. Urge homogeneizar também na habitação social da cidade doPorto para bem de todos.Sempre entendi que fazer política é trabalhar com sinceridade paraajudar todas as pessoas a resolver os seus problemas e proporcionar maissaúde, felicidade e bem-estar para todos.

Mário de Sousa - BONFIM, PORTO

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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

PONTO DE VISTA

Ajudar: PORTUGAL e os PORTUGUESES!!
TEXTO PUBLICADO EM 19 DE OUTUBRO DE 2009 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA N.º 2.

Nas duas datas de votações dos Orçamentos do Estado para 2010 e 2011, a Constituição da República Portuguesa impede que o presidente Cavaco Silva possa dissolver a Assembleia da República.
A votação do próximo Orçamento Geral do Estado não vai poder ser a arma político-partidária que a oposição desejava. E ao PSD só lhe resta, estrategicamente falando, votar a favor o próximo Orçamento do Estado. Se o PSD votar contra ou optar pela abstenção sabe o peso que esse seu procedimento terá num futuro acto eleitoral, por ser entendido como uma força de bloqueio propositado ao actual Governo de José Sócrates. E a factura a pagar poderá ser certamente muito elevada, podendo então dar origem a uma nova maioria de um futuro Governo PS.
O PSD sabe que se chumbarem o Orçamento do Estado para 2010, isso não dá ao presidente da República razões para dissolver o Parlamento Português, até porque a votação do documento acontece seis meses seguintes à realização das eleições legislativas, o que impede Cavaco Silva de usar este poder. O mesmo irá passar-se com o Orçamento seguinte, para 2011, que será discutido e votado no Parlamento no último semestre do mandato do presidente Cavaco Silva, quando a Constituição da República Portuguesa impede também a dissolução na Assembleia da República. Neste cenário Cavaco Silva só pode dissolver o Parlamento entre Abril e Agosto. E aqui a leitura é mais política do que prática, já que a Lei de Enquadramento Orçamental prevê que, quando não há Orçamento aprovado, se aplique o regime de duodécimos. Isto significa que as verbas do Orçamento deste ano são prolongadas por 2010, um doze avos em cada mês que passar.
Se deste hipotético acto não há dividendos políticos a tirar de um eventual chumbo do Orçamento, a economia portuguesa não ganha nada com isso, muito menos em tempos de uma das maiores crises económico-financeiras internacional. E todos sabemos que o Partido Socialista foi eleito com um programa político-partidário e tem legitimidade para o aplicar, quer se queira ou não.
A oposição não pode em hipótese alguma deixar de dar o seu contributo na resolução de todas as questões levantadas. Até porque o eleitorado vai estar bastante atento e irá certamente penalizar fortemente quem num período extremamente difícil, de crise económico-financeira internacional, não ajudar Portugal e os Portugueses.
Ainda assim, todos sabemos que se a oposição optar por uma abstenção na generalidade isso significa que vai haver certamente uma grande discussão na especialidade.
Vai ser exactamente na discussão na especialidade que a oposição irá certamente apostar para conseguir levar-a-cabo algumas das suas exigências.
Só nos resta rezar, aguardando os acontecimentos e ver se todos os intervenientes estão de boa-fé e com um sentimento fortemente patriota para ajudarem ao máximo Portugal e os Portugueses.
Mário de Sousa - BONFIM, PORTO

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

PONTO DE VISTA


AUTARQUIA PORTUENSE: MAIORIA ABSOLUTA PARA QUÊ?
TEXTO PUBLICADO EM 15 DE OUTUBRO DE 2009 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA 2.

Faz precisamente dia 16 de Dezembro de 2009 oito anos que Rui Rio conseguiu ganhar a eleições na cidade do Porto, quando conseguiu conquistar pela primeira vez a autarquia portuense, depois de conseguir que algumas obras na cidade do Porto ficassem estagnadas, para com isso pôr as culpas nos seus antecessores (socialistas), como, por exemplo, a obra do túnel de Ceuta, que aproveitandose de um afastamento do primeiro empreiteiro fez com que a obra estivesse parada mais de dois anos para com isso tirar dividendos eleitorais.

É mau para a cidade do Porto que com uma autarquia que actualmente detém a maioria absoluta na gestão da mesma, apenas se governe com os fins eleitoralistas, e não se governe de facto para todos os portuense, pondo a cidade com níveis que já tinha conseguido em tempos.

Obras que estiveram muito tempo paradas, como, por exemplo, o P.E.R. 1, 2, 3 e 4 das Fontainhas que nesta altura já devia estar a albergar mais de 80 famílias da freguesia do Bonfim á já alguns anos, tenha na actualidade apenas pouco mais de 40 famílias. As habitações que já tinham sido iniciadas no tempo do Eng.º Nuno Cardoso e que bastante tarde ficaram concluídas por culpa do actual executivo de Rui Rio, tendo estando as referidas construções a aguardar mais de um ano e meio para no início do ano de 2009 serem entregues em mais uma cerimonia eleitoralista. As obras do ponto mais alto da cidade (Monte do Tadeu e Santo Isidro) que Rui Rio tinha prometido no local a dezenas de famílias Bonfinenses presentes a quando da visita que fez em pré campanha (Novembro de 2001) das eleições autárquicas de Dezembro desse ano (2001), e que posteriormente prometeu em assembleia municipal que quando fosse para este ou outros locais iria fazer intervenções por cada quarteirão, mas passados estes quase oito anos nada fez e todos estamos á espera que Rui Rio cumpra as promessas que nos fez. É só passar pela Travessa do Monte do Tadeu e por outros locais de toda a cidade do Porto, principalmente pela freguesia do Bonfim, e ver o estado deplorável em que as mesmas se encontram, ao mesmo tempo o visitante deve interpelar os moradores (Travessa do Monte do Tadeu) mais idosos para ver o quanto eles sofrem na pele com o estado lastimoso dos passeios e arruamento da já referida travessa (Travessa do Monte do Tadeu). Os jardins da nossa cidade estão num estado de má conservação que dão pena, tendo passado já o Verão todo, é ver no terreno o estado de conservação dos jardins, principalmente o jardim do Marquês do Pombal que depois das obras da Metro seria suposto ser um jardim com flores a colorir tão nobre espaço e, no entanto o que vemos são placas de terra com alguns arbustos, algumas sebes e com bastante espaço mal aproveitado. Onde estão as flores e o colorido que era típico dos jardins românticos da cidade do Porto e que foi retirado com a promessa que regressariam aos locais, mas pelos vistos foi só mais uma promessa eleitoralista.

Rui Rio para quando as obras nas zonas das Eirinhas e da Travessa da Póvoa, na freguesia do Bonfim, o povo de lá também ainda está á espera que cumpra as promessas feitas á população residente (famílias Bonfinenses) e, já agora, faça o favor de dizer a todos nós (portuenses) quanto se gastou com a empresa “Porto Lazer” e os “calhambeques” na Foz até hoje, quanto vai gastar com as próximas brincadeiras, e se esse dinheiro não dava para o Dr. Rui Rio cumprir com as ditas promessas que fez à população da cidade quando nos visitou e nos veio pedir o voto de confiança?
E muito mais fica por dizer, mas o muito fica para uma próxima. Ficando, no entanto, á espera que outros o façam para defender aquilo que é nosso, a mui nobre, sempre leal e invicta cidade do Porto que deu nome a PORTUGAL.
Mário de Sousa - BONFIM, PORTO

PONTO DE VISTA

OS MORTOS NÃO ESCREVEM SOBRE A CIDADE DO PORTO!

TEXTO PUBLICADO EM 14 DE OUTUBRO DE 2009 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA 2.


As situações vividas actualmente na nossa cidade do Porto são, hoje, muito pior do que no passado recente.

São já algumas dezenas de Pessoas que depois de lerem os artigos que eu escrevo no Jornal “O Primeiro de Janeiro” sobre várias situações concretas que actualmente se vive na cidade do Porto, e que depois de os mesmos (artigos) serem publicados, as pessoas que conhecendo-me da foto publicada, informamme na rua e noutros locais do estado de estagnação a que esta cidade do Porto está votada. Informandome ainda de mais casos que se passam nas zonas habitacionais de onde são oriundas, principalmente da freguesia do Bonfim. E porque me importo com o que se passa em toda a cidade do Porto, escrevo os meus reparos não me esquecendo das promessas que o dr. Rui Rio fez nesta zona do Monte do Tadeu e Santo Isidro em Novembro de 2001 a dezenas de residentes locais e em pré campanha eleitoral das eleições de Dezembro de 2001, promessas que ainda hoje estão por cumprir.
E isto é tanto mais verdade quanto evidente é o estado deplorável de toda a Travessa do Monte do Tadeu, ou ainda o estado da falta de conservaç3o das escadas superiores e, principalmente, as inferiores da Rua do Monte do Tadeu, que nem um simples corrimão tem para que as pessoas mais idosas e os doentes que por elas precisam de passar todos os dias, como também o pobre jardim do Monte do Tadeu que á anos espera por um arranjo para que possa vir a ser um Jardim de facto e muito mais bonito, para desempenhar as funções que deve ter pelo facto de ser um jardim, ou melhor, candidato a sê-lo.
Para não falar do mais alto e principal miradouro de toda a cidade do Porto, num espaço natural e com muitas vistas sobre toda a cidade e com acesso público, no cimo de toda a Rua do Monte do Tadeu, na freguesia do Bonfim, que continua num esquecimento total por parte de Rui Rio, mesmo depois das ditas promessas eleitorais que fez a dezenas de moradores no local em Novembro d e 2001, em pré campanha das eleições autárquicas de Dezembro desse ano (2001).
Quantos mais formos os que denunciando as situações públicas e concretas, com verdade e razão, e que rejeitem o facilitismo da troca de favores, os que objectam a corrupção e os pesporrentes que a apadrinham, maior será a possibilidade de invertermos o sentido das situações concretas e verdadeiras para o bem de todos e para que as mesmas (situações concretas) andem para a frente e fiquem prontas de uma vez por todas.
Não tenham medo de denunciar as situações e todos os factos concretos que existem nas vossas zonas habitacionais da maneira como, por exemplo, eu o faço á já muitos anos com a ajuda dos nossos Jornais: “O Primeiro de Janeiro”, o Jornal de Notícias, o Jornal “Público”, o Jornal “Diário de Noticias”, Jornal Audiência e muitos mais, pois só assim será possível invertermos o que está mal para o bem das populações, como por exemplo, a iluminação pública, passeios e arruamentos, e ainda jardins pouco cuidados que por toda a cidade do Porto estão a olhos de ver.
Mário de Sousa - BONFIM, PORTO

terça-feira, 13 de outubro de 2009

PONTO DE VISTA

O Porto: as pessoas em primeiro na cidade para todos!
TEXTO PUBLICADO EM 13 DE OUTUBRO DE 2009 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA 2.
Os bairros municipais que pela sua juventude e dinamismo demográfico deveriam ser um factor de equilíbrio para a cidade do Porto. Também o facto de neles haver espaço para o município intervir, de forma a racionalizar com justiça nas suas atitudes, que muitas das vezes nem o munícipe mais inteligente consegue compreender tamanhas desumanidades.A cidade do Porto investiu fortemente no passado em projectos ajustados à realidade da cidade do Porto, pioneira na experimentação de novas respostas no combate à exclusão social, através, e aproveitando, da participação em programas europeus, como por exemplo: Pobreza 3, URBAN e outros, na implementação em projectos de sua própria iniciativa, que dinamizaram a sociedade civil em toda a cidade, bem como todas as instituições da mesma, e coordenaram recursos no sentido de construir respostas sociais mais eficazes para os segmentos populacionais mais fragilizados e desfavorecidos. Foi o que aconteceu com os toxicodependentes, as (os) prostitutas (os) de rua e as pessoas sem-abrigo, situações-limite de exclusão social que degradam os indivíduos e afectam a imagem e se gurança da nossa cidade do Porto.
A cidade do Porto constituiu um bom exemplo no passado (de gestão socialista), ao nível nacional, no que respeita à operacionalidade de uma rede muito eficaz de serviços de redução de danos destinada àqueles grupos socialmente conhecidos. O Contrato de Cidade e o projecto para os sem-abrigo foram duas iniciativas inovadoras e exemplares para outros municípios do País. Eu vi de perto, também aqui nestas áreas, o associar sempre o saber ao saber fazer bem, consciente de que a acção sem estudo e sem reflexão não tem, nem faz sentido. Por isso, a avaliação e a produção de conhecimento sobre as problemáticas objecto de intervenção estiveram e deveriam continuar a estar sempre presentes na forma de gerir uma autarquia, quer seja no município portuense como nas juntas de freguesia, principalmente na freguesia do Bonfim.
Nesse passado, de gestão socialista, vi ser constituído um Observatório Permanente sobre a Segurança e vi responder às interrogações que a cidade colocava, nessa altura, no que respeita à segurança e ao sentimento generalizado de insegurança. Actualmente faz falta um mapa com traçado sobre a insegurança que se vive na cidade do Porto e aprofundar, por parte da autarquia, o conhecimento sobre o fenómeno, caract erizando, quantificando e estudando soluções. A autarquia possui actualmente um património de conhecimento e experiência acumulado de outros programas e projectos dum passado relativamente recente, do período da gestão socialista. Nesse período começou a impor-se uma nova filosofia de trabalho (integrado e participado) que deveria continuar a ser aplicado e até mesmo a ser fortalecida e aprofundada em novas iniciativas. Importa continuar aberto à inovação e à experimentação de novas respostas para os problemas que não encontram solução ajustada no quadro convencional da autarquia portuense.
A gestão da cidade do Porto tem que ser mais articulada e integrada nas suas diversas componentes. É preciso firmar uma estratégia orientadora mais precisa e clara, para um bom desenvolvimento da nossa amada cidade do Porto.Não quero acabar este meu ponto de vista sem deixar de falar num actual flagelo que se vive em toda a cidade do Porto, que é o sector cultural que actualmente é nulo por toda a cidade. Cultura é também investigação, experimentação e é fundamental que Rui Rio apresente contas, em tempo útil, sobre o “Porto Lazer”, para que o povo do porto saiba toda a verdade sobre o que de mal e mau se tem feito em toda a cidade no aspecto cultural.

Mário de Sousa - BONFIM, PORTO

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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A regionalização exige uma boa desconcentração

TEXTO PUBLICADO EM 30 DE SETEMBRO DE 2009 NO JORNAL SEMANÁRIO "AUDIÊNCIA", PÁGINA N. 2

É um grande desafio o que se coloca à próxima legislatura, no âmbito do processo de regionalização, é a concretização de uma “boa desconcentração”, considerou o secretário de Estado adjunto e da Administração Local, Eduardo Cabrita.
Em faro, onde abordou, no passado dia 30 de Janeiro, o tema “Associativismo Municipal e Governação Territorial em Portugal”, no âmbito da Universidade Meridional promovida pela Federação do PS/Algarve com a colaboração da Fundação Res Publica, Eduardo Cabrita defendeu a necessidade de um consenso em torno do futuro modelo de regionalização, frisando como um dos pontos de partida para a próxima organização administrativa, a definição de competências a partir das actuais Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, para as quais preconiza o reforço de uma coordenação intersectorial.
Durante a sessão realizada no anfiteatro da Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da Universidade do Algarve, na Penha, o secretário de Estado apontou ainda como estratégia para uma “boa governação regional” o “ajustamento” dos 18 distritos nacionais, defendendo como cenários possíveis a sua fusão em cinco governos civis compatíveis com a matriz das regiões administrativas ou a definição de um modelo de nível subregional. Mas realçou, no entanto, a importância de uma representação do Governo em áreas de soberania como a protecção civil e a segurança.
Relativamente às preocupações que orientaram o Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE), no âmbito do qual foram estabelecidas as opções de governação, como a convergência dos modelos territoriais para as cinco regiões-plano, Eduardo Cabrita referiu ainda como uma das preocupações para a próxima legislatura a consolidação da coordenação intermunicipal, tendo apontado o Algarve como exemplo de uma das zonas do país que, apesar de possuir uma identidade regional histórica, apresenta deficiências nesta matéria.
Realçando a propósito o papel das comunidades intermunicipais enquanto forte contributo para a definição de uma estratégia regional, Eduardo Cabrita sustentou no entanto que, no caso particular do Algarve, a sua continuidade não se justifica face ao futuro mapa administrativo.
Em faro, onde apresentou a segunda lição integrada no curso de Política e Administração Autárquica, frequentado por uma centena de militantes socialistas, Eduardo Cabrita considerou essencial para o avanço de todo o processo de regionalização que todos os portugueses sejam chamados a pronunciar-se em quadro referendário e sublinhou ainda a necessidade de convergência entre os dois partidos com vocação governativa, de forma a evitar que o debate transforme esta numa “matéria de radicalização política”.
Penso que em relação à tão maltratada regionalização, a descentralização ou a desconcentração não podem ser encaradas, nem como complementos, nem como suas alternativas.
Eu, pessoalmente sou a favor de que deve haver urgentemente a tão proclamada, por todos, regionalização com o objectivo primeiro de abrir novos horizontes por todo o país, e de maneira a que o seu desenvolvimento seja mais uniforme e não como acontece hoje em algumas regiões do país, em que essa desproporção é muito acentuada, principalmente nas regiões norte, centro e beiras litorais. Penso também que nessa nova regionalização se deve dar mais atenção aos movimentos associativos, principalmente às associações de moradores, pois são elas que trabalham mais directamente com as populações e para as populações no regime de voluntariado gratuito e sem fins lucrativos, sempre com aquela vontade de fazer as regiões seguir em frente, principalmente aquelas onde estão inseridas essas associações sem fins lucrativos.
As ideias aqui explanadas não são novas, para quem anda nas lides autárquicas, mas a sua concretização deve ser possível, é necessário que o querer seja forte e não fique na gaveta, como tem acontecido ao longo dos tempos. Referendar para 2010 é preciso!


Mário de Sousa - BONFIM, PORTO

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