quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O GOVERNO SOCIALISTA É O CULPADO!

TEXTO PUBLICADO EM 24 DE DEZEMBRO DE 2009 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA N.º 2.

Pode não parecer mas os últimos tempos ficaram marcados pela publicação de alguns relatórios que mostram a evolução extraordinária de Portugal em algumas matérias. Mesmo extraordinários, tais resultados não mereceram grande eco em alguns órgãos de comunicação social o que, aliás, já não me espanta. No entanto, importa sublinhá-los tanto mais que revelam impactos directos de opções que a Governação socialista tomou nos últimos anos.
No passado dia 13 de Novembro foram publicados os resultados do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional (IPCTN’08). Ficámos a saber, por exemplo, que a despesa total em Investigação & Desenvolvimento (I&D) passou a representar um máximo histórico de 1,51% do PIB nacional. Para se perceber ainda melhor a extraordinária evolução, refira-se que, em 2005, a despesa em I&D nacional tinha representando 0,81% do PIB e, entre 2005 e 2008, subiu de 1201 milhões de euros para mais do dobro (2513 milhões euros). Não menos importante, ainda a propósito do IPCTN’08, importa sublinhar que os resultados obtidos em matéria de recursos humanos envolvidos em I&D anteciparam em dois anos as metas previstas para o Plano Tecnológico no horizonte 2010. O número total de pessoas envolvidas em actividades de I&D representa 8,7 por mil activos (a meta definida apontava para 7,5) e os Investigadores ETI (Equivalente a tempo integral), com um valor de 7,2 por mil activos, superam a meta definida para 2010 que era 6,0 por mil activos. Pois bem, pode dizer-se que a Governação socialista é a principal culpada destes excelentes resultados!
Já a 18 de Novembro, a Comissão Europeia publicou um relatório que retrata a situação do acesso à Banda Larga na União Europeia. Nesse relatório, cujos dados se reportam a 1 de Julho de 2009, Portugal aparece como o 3º país da União Europeia com a maior taxa de penetração de Banda Larga móvel (via cartões PCMCIA ou modem USB). O valor apresentado para Portugal situa-se nos 10,8%, claramente acima da média da UE que se cifra nos 4,2%. Além disso, Portugal é ainda o país da União Europeia que apresenta a 2ª maior percentagem de acessos fixos à Internet com velocidades acima dos 10Mbps, em relação ao total dos acessos à Internet em Banda Larga (47,2%). O valor médio da UE situa-se nos 15,5%. Ora, à Governação socialista também pode ser imputada parte da culpa!
No dia seguinte, 19 de Novembro, a Comissão Europeia publicou outro relatório que passa em revista o nível de disponibilidade e sofisticação dos serviços on-line. Nesta matéria, Portugal aparece em 1º lugar no contexto europeu em ambos os índices, com um nível máximo (100%) de disponibilidade e sofisticação. Na edição de Outubro de 2004, Portugal apresentava-se na 16ª posição em matéria de disponibilidade (com um nível de 37%) e na 14ª no nível de sofisticação (com um score de 65%).
Portugal, em matéria de eGovernment, representa o que melhor se faz na Europa e a culpa é do Governo socialista, claro está!
Provavelmente, a maioria dos portugueses nem sequer se apercebeu destes magníficos e excelentes resultados que mostram que o nosso país nestas matérias está, de facto, melhor do que estava em 2005. E a culpa é do actual Governo socialista, por muito que algumas pessoas tenham dificuldade em reconhecer e façam tudo por esconder.
Precisamente as mesmas que tentam culpar o Governo socialista da quantidade anormal de chuva que tem caído por esse país fora!
Mário de Sousa* - Bonfim, Porto
*Consultor de Comunicação

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

PONTO DE VISTA - MAIS CIDADADINA E MELHOR PODER LOCAL COM RIGOR, SERIEDADE E HONESTIDADE!

TEXTO PUBLICADO EM 17 E 18 DE DEZEMBRO DE 2009 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA N.º 2.

MAIS CIDADANIA E MELHOR PODER LOCAL COM RIGOR, SERIEDADE E HONESTIDADE!

Vivemos um tempo em que muito se reclama e se insinua sobre o funcionamento das instituições democráticas. Neste debate, o poder local não é excepção.

A soma de casos judiciais envolvendo autarcas desacredita, desprestigia e diminui a imagem e relevância públicas do trabalho autárquico. A tendência para juízos generalizadores por parte dos cidadãos é perigosa para a democracia e encontra-se iminente. Esta é, porventura, uma das razões para a complacência dos eleitores que legitimaram, democraticamente, o poder de autarcas condenados pela Justiça nas últimas autárquicas.

Perante esta realidade, parece pois evidente que dos autarcas se deve esperar muito mais do que a obra que enche olho ou as páginas a cores do boletim informativo municipal. Melhor poder local não pode passar simplesmente por uma reivindicação «sindical» de mais receita ao Estado e realização de mais despesa. O reforço e credibilização da acção das autarquias pode e deve passar por uma nova exigência na gestão de recursos, com mais eficácia e eficiência, a par da criação de mecanismos de fiscalização efectiva e de transparência nos processos de decisão.

Apesar do fracassado acordo para alteração da legislação autárquica, a nova lei das finanças locais aprovada na última legislatura constitui um contributo valioso nesse sentido e a vanguardista Reforma do Parlamento liderada pelo PS, que ampliou os poderes das oposições, um exemplo de ética republicana a seguir.

Persistem, ainda assim, inegáveis más práticas que, contribuindo para a opacidade, desconfiança e enfraquecimento democrático do poder local, merecem reflexão. Será possível que haja Presidentes de Câmara neste país que, fazendo uma interpretação restritiva da lei, continuem a «atirar» os Vereadores da oposição, sem pelouros, para espaços de trabalho de quase clandestinidade, sem apoio técnico e logístico? Como podem Vereadores nestas condições, ou mesmo membros de Assembleia Municipal da oposição, necessitando de compatibilizar a actividade autárquica com a sua vida profissional, analisar opções orçamentais e propostas políticas com o devido rigor, seriedade e honestidade? Em plena era digital, será aceitável que os documentos, em que se incluem ordens de trabalho ou propostas de deliberação, circulem nos órgãos autárquicos de modo restrito e sem fácil acesso ao público?

O sucesso de uma gestão autárquica não dependerá certamente de expedientes criados por alguns Presidentes de Câmara, ao abrigo de omissões legais, para boicotar o trabalho de fiscalização das oposições e dificultar o escrutínio dos cidadãos. Um bom Presidente de Câmara, aquele que não deve nem teme, sabe que a sua autarquia só tem a ganhar com uma oposição vigilante e competente, e com a participação exigente dos cidadãos. Porque o poder pelo poder não serve para nada!
Mário de Sousa* - Bonfim, Porto
*Consultor de Comunicação

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

PONTO DE VISTA - DEMOCRACIA NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DO PORTO?

TEXTO PUBLICADO EM 15 DE DEZEMBRO DE 2009 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA 2.
A Assembleia Municipal do Porto é o parlamento dos cidadãos deste concelho. Assim, a par do seu papel de órgão fiscalizador da gestão camarária, deve ser o espaço de debate, de reflexão, de cidadania.
A mudança de instalações da Assembleia Municipal do Porto não é apenas uma necessidade há muito sentida por muitos daqueles que frequentemente costumam (ou costumavam) frequentar tal espaço - é uma exigência de participação. São muitos os portuenses que acorrem às sessões da Assembleia Municipal do Porto e não encontram condições minimamente dignas para assistirem às mesmas, quer pela exiguidade do espaço, quer pelas condições oferecidas, falta de lugares sentados (só permite 28 munícipes), calor insuportável quando a sala está cheia, acumular de pessoas no hall da única entrada para a sala onde decorrem as sessões, dificuldades de estacionamento na zona, etc.. Os auditórios espalhados pela cidade do Porto têm todas as condições para efectuar essa mudança, com óbvios benefícios para os munícipes e eleitos.
Mas não basta - há também que realizar determinadas sessões da Assembleia Municipal do Porto em algumas freguesias do concelho, na eventual impossibilidade de realização em todas. Há que aproximar (na prática e não na mera retórica dos discursos da praxe) os eleitos dos eleitores, num concelho de grande dimensão territorial e diversidade de populações. Nada é impossível, basta querer – e esta é também uma exigência de cidadania.
A Assembleia Municipal do Porto não deve limitar-se, igualmente, ao seu papel fiscalizador ou ficar condicionada pela “agenda” da “rotina” camarária. Cabe-lhe um papel relevante na realização de debates temáticos, convidando especialistas, associações e munícipes a intervir e, dessa forma, esclarecendo, discutindo, ajudando a construir soluções partilhadas. Mas também na fiscalização da actividade camarária o grau de exigência deve, necessariamente, aumentar, face a uma maioria de direita que já dá claros sinais de querer “fechar-se” sobre si: as perguntas feitas pelos membros da Assembleia Municipal do Porto ao presidente da Câmara Municipal do Porto e ao restante executivo da respectiva vereação, sobre assuntos diversos da gestão camarária, terão que ter a resposta dentro dos prazos definidos na Lei e no Regimento da Assembleia Municipal do Porto e as manobras dilatórias para que tal não suceda (como aconteceu, diversas vezes, nos anteriores mandatos) deverão ser clara e publicamente denunciadas. Cabe também aqui um papel fulcral aos órgãos de Comunicação Social, que não raras vezes, nestes últimos oito anos, preferiram noticiar o “acessório” em vez do “essencial” - O Porto precisa como de pão para a boca de uma Imprensa que discuta, confronte os poderes estabelecidos, debata, dê voz a todas as correntes de opinião, como, por exemplo, o Jornal “O Primeiro de Janeiro” e o Jornal de Notícias o fazem de forma equitativa e que rompa com o “círculo vicioso” das notícias sobre “comemorações” e “chás dançantes”.
Constituindo-se como oposição na cidade do Porto, e sendo o maior partido do Concelho, cabe ao Partido Socialista um papel determinante na prossecução destes objectivos que, no essencial, mais não visam do que dar voz a todos os portuenses, aprofundar a participação democrática dos munícipes e exigir rigor, seriedade e honestidade nas políticas traçadas.
Sempre entendi que fazer política em democracia ou estar em cargo público é trabalhar, com rigor, sinceridade e honestidade, para ajudar todas as pessoas a resolver os seus problemas e proporcionar mais saúde, felicidade e bem-estar para todos.
Mário de Sousa* - Bonfim, Porto
*Consultor de Comunicação

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

F.C. PORTO: O EMBLEMA DE UM ÍDOLO!


TEXTO PUBLICADO EM 10 DE DEZEMBRO DE 2009 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA 2.


HISTÓRIA VERDADEIRA

F.C. PORTO: O EMBLEMA DE UM ÍDOLO!

Era uma vez um jovem sócio portista, jovem esse com 8 anos de idade. Estávamos em 16 de Dezembro de 1973 e ele gostava de ver jogar futebol.

Pois nesse Domingo, e como era habitual, lá foi ele para as Antas ver o jogo. O Porto defrontava o Setúbal e o jovem sócio portista foi sentar-se numa maca, em pleno campo, ao lado de seu pai, voluntário da Cruz Vermelha Portuguesa. Nessa jornada 13 e passados 13 minutos desde o início do jogo, algo no campo aconteceu. Um jogador tombara redondo. Quem é? Perguntava ele ao pai. E o pai não respondeu, pedindo-lhe para sair da maca, porque ele precisava dela. O pai entrou a correr no campo, enquanto o miúdo olhava e olhava para ver quem caíra.

Para seu espanto, reparou que era o Pavão, o seu ídolo, de seu nome Fernando Pascoal das Neves, jogador de classe ímpar para quem gostava (e gosta) de ver futebol. Perguntou a outro maqueiro da Cruz Vermelha Portuguesa onde iria o seu pai. “vai ao hospital”. Ficou preocupado, não pelo seu pai, que estava de boa saúde, mas com o seu ídolo, o Pavão (Fernando Pascoal das Neves).

E o jovem sócio portista continuou a ver o jogo, até que, por fim, reparou que o seu pai acabara de chegar do hospital. A correr, foi ao seu encontro e perguntou como estava o Pavão. O pai não respondeu logo, deixando primeiro cair umas lágrimas pelo rosto antes de pronunciar a palavra fatal – “morreu”. Deixou as lágrimas correr e naquele momento não disse mais nada.

Como acabara o serviço do seu pai nas Antas, regressou a casa e pelo caminho foi reparando que havia muita gente passando ao seu lado, de rádio na mão, a chorar. Mais tarde, soube que o seu pai, ao regressar às Antas, depois daquele instante fatídico, comunicara a morte do Pavão aos outros camaradas e Amigos da Cruz Vermelha Portuguesa e ao Presidente do Futebol Clube do Porto, Dr. Américo Sá. A triste nova correu depressa e as pessoas dentro e fora do estádio não paravam de chorar.

Horas depois, o seu pai disse-lhe para quando estava marcado o funeral do seu ídolo Pavão. E ele lá foi ao funeral, impressionante, despedir-se do seu ídolo, que iria inaugurar o jazigo do F.C. do Porto no cemitério de Agremonte.

Passados uns dias, o jovem sócio portista soube que um camarada e Amigo de seu pai na Cruz Vermelha Portuguesa, de seu nome Joaquim Pereira Lopes, e 1º Sargento-condutor, tinha sido ele o condutor do serviço prestado ao Pavão, e do qual o seu pai também tinha feito parte, e que a senhora do Pavão lhe teria dado todo o equipamento que o jogador vestia naquela tarde de luto para assim lhe agradecer (ao Lopinhos) todo o esforço feito. E o jovem sócio portista pediu ao pai que o levasse ao Campo da Constituição, onde trabalhava o Lopinhos, para lhe pedir a camisola do seu ídolo Pavão. E assim foi. O seu pai, durante muitos sábados, deslocou-se com ele ao Campo da Constituição. Ofereceram-lhe os calções mas ele não quis. Ofereceram-lhe as chuteiras mas ele também não quis, pois só queria a camisola. Camisola com o nº 6 nas costas daquele que fora, no mundo do futebol, o seu ídolo.

Passados muitos meses (mais de oito meses), e sabendo o Lopinhos que ele passara de classe, perguntou-lhe: “Queres o emblema do F.C. do Porto que está na camisola do Pavão?” E o jovem sócio portista, a sinal de seu pai, disse que sim, pois sabia que nunca mais a camisola lhe seria oferecida. Emblema esse que sua mãe, na época, lhe coseu na camisola branca, que acabaria por usar quando fazia ginástica na escola primária (Escola Normal). Quando passou da primária para o ensino preparatório, a sua mãe ofereceu-lhe outra camisola, trocando o emblema do F.C. do Porto e do Pavão da camisola antiga para a nova. Passados muitos anos, a camisola foi para o lixo. O emblema, ele guardou-o. Ficou com ele durante mais de 20 anos, tendo-o doado, há uns anos, ao Futebol Clube do Porto.

Agora, já está cosido na camisola do Pavão e pode ser visto com o restante equipamento do seu ídolo naquele museu dos Grandes Dragões, como era o caso. A fechar esta memória, é bom saber que Pavão foi o único jogador do F.C. do Porto que morreu suando a camisola! E que faz no próximo dia 16 de Dezembro de 2009 36 anos que tal facto sucedeu. Naquele museu do F.C. do Porto estão grandes taças e troféus, como, por exemplo, as réplicas das taças dos campeões europeus, a super taça europeia, a taça intercontinental, a taça UEFA, e etc. mas para mim aquele é o “Troféu” mais querido.

Paz à sua alma na passagem do 36 aniversário da sua morte, o que acontecerá no próximo dia 16 de Dezembro de 2009.

Nota: Esta não é uma história ficcionada, mas sim uma história verdadeira contada pelo próprio jovem portista (agora com 44 anos de idade), e passados que estão mais de trinta e cinco anos desde que todos os factos aqui relatados ocorreram.



Mário de Sousa* - BONFIM, PORTO
*Consultor de Comunicação

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

F.C. PORTO: CUSPIDELA DE FOGO DE DRAGÃO!

TEXTO PUBLICADO EM 7 DE DEZEMBRO DE 2009 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA 2.
F.C. PORTO: CUSPIDELA DE FOGO DE DRAGÃO!

Depois do S.L. Benfica ser derrotado e, por conseguinte ser eliminado muito recentemente, na sua própria casa, pelo Vitória de Guimarães na Taça de Portugal, e depois da estrondosa vitória do F.C. Porto em casa do Vitória de Guimarães (1-4). É notável a capacidade que o Dragão tem de cuspir o seu fogo em tudo aquilo que não presta. Naqueles que já não conseguem arranjar mais argumentos, por mais patéticos que sejam, para denegrir a sua imagem, para relativizar e minimizar os seus êxitos. Para tudo isto o FC Porto tem tido resposta pronta. Como? Ganhando. Convencendo... e em campo. Que é sempre a melhor forma de calar os "anónimos" prontos a meter a cabecinha de fora sempre que têm uma pequenina oportunidade...
Como é que isso se consegue? Com uma enorme capacidade de trabalho. Com uma excelente organização a nível técnico, mas também a nível organizativo. Com profissionalismo, empenho, determinação e com competência.
Com a permanente consciência de que só competindo no limite das forças, suando a camisola, sofrendo, sem perder tempo com lambidelas pacóvias e cada vez mais ridiculamente cansativas, se conseguem atingir os títulos e as devidas compensações por eles conquistados.
Sem adormecer acordado, à espera que surja um "Pai Natal", ou outros seus colaboradores, capaz de produzir o "milagre".
Só assim se torna possível, ano após ano, resistir a várias contrariedades, entre elas a obstinada e permanente campanha anti-FC do Porto, uma exaustiva e cansativa luta contra os seus alegados poderes macabros e ocultos (como se tudo o que resta para além do FC do Porto no futebol português seja um oásis de rectidão, bons costumes, gente impoluta, incapaz de cometer qualquer batotice, ou de recusar que a façam para seu proveito próprio).
Pelos vistos continua a ser difícil de entender que é nestas batalhas que o FC do Porto se sente melhor. É nelas que o clube e a sua cada vez maior Massa Associativa e Adepta se inspira e se alimenta para lutar com cada vez mais afinco, em prol de uma causa que para todos eles é cada vez mais nobre: "A Vitória!". Como símbolo de afirmação de personalidade, de prestígio internacional, de cada vez maior capacidade de aglutinação popular, quer em Portugal, quer em países de expressão portuguesa ou outros. Não por imposição ou por qualquer obrigação familiar, mas como forma de marcar terreno... porque são indiscutivelmente mais fortes, mais poderosos, os melhores e, por isso, ganham mais do que os outros.
É disso que o povo gosta: de vencedores!
A jornada europeia é gloriosa, igual a muitas outras que nos últimos 22 anos o FC do Porto tem repetidamente conseguido, deixando orgulhosos os verdadeiros amantes do que de melhor o futebol português é neste momento capaz de produzir. O resto... é "chover no molhado"... é mais do mesmo!
Esta jornada não merece, por isso, ser despachada para segundas caixas de informação desportiva, como alguns jornais desportivos e canais de tv o fazem, dando lugar, em primeira instância, às crises existenciais de alguns habituais protagonistas, num exercício de minimização e de branqueamento que até pode agradar a meia dúzia de "cromos" mas que envergonha todos aqueles que não deixaram de se sentir orgulhosos pelo que viram, não olhando a mais nada que não tenha sido a enorme qualidade da exibição portista e, em especial, a sua permanente "atitude", a tal expressão tão difícil de mastigar!
Também eu me associo a uma enorme cuspidela de fogo generalizada contra tanta cegueira! E muitos parabéns ao F.C. do Porto por já ter garantido a passagem aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, parabéns F.C. do Porto! E obrigado pela noite fantástica da passada sexta-feira (em Guimarães), pelas noites mais que fantástica da Liga dos Campeões, no Estádio do Dragão e fora dele... entre outras, claro!
E muita boa sorte para o jogo da próxima terça-feira, no estádio de Vicente Calderon, frente ao Atlético de Madrid, num jogo que actualmente é para cumprir calendário, visto o F.C. Porto já ter garantido a sua presença nos oitavos-de-final da prova.
Para informação dos leitores: Atlético de Madrid 0 - F.C. do Porto 3
Mário de Sousa* - BONFIM, PORTO
*Consultor de Comunicação

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

UM HOMEM DA FREGUESIA DE VILAR DE MAÇADA, CONCELHO DE ALIJÓ

TEXTO PUBLICADO EM 4 DE DEZEMBRO DE 2009 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA 2.
O SENHOR JOSÉ SOUSA!
A neblina fria enche a manhã escura de Inverno. O dia demora e tarda a chegar e os ventos do norte cortam por entre as ruas ainda desertas e calmas. O senhor José Sousa sai de sua casa, em Vilar de Maçada, no seu passo rápido de quem se habituou a fintar a bruma da manhã. Ainda é muito cedo e toda a freguesia de Vilar de Maçada ainda dorme.
Todos os dias o senhor José Sousa sai da sua cama lá por volta das sete horas da manhã para estar no trabalho às nove horas. Deixando a família ainda entregue ao sono sacode o seu sobretudo de lã enquanto enfrenta a baixa temperatura que parece não sentir. Frio é coisa que não tenho, desde que comecei a trabalhar! Com a idade de 15 anos. É o hábito de andar a pé, há 36 anos que faço isto. Nesta profissão de acompanhar as obras na cidade o pior, algumas das vezes, é mesmo a chuva, diz com a voz da experiência.
Na sua empresa de estudos e projectos de engenharia vai encontrar os seus amigos, colegas e colaboradores que também gostam de chegar antes da hora indicada. A cidade de Alijó espera pelas obras, em constante mudança, pois são ainda bastantes trabalhadores que todos os dias se empenham num corrupio de quem quer fazer algo para o bem colectivo de uma cidade e de um País. Ele não é o único cidadão de Alijó a estar empenhado pelo bem-estar de todos com um sentido social e solidário no colectivo de uma cidade como é a cidade de Alijó. Ele é um dos poucos que não falta a uma Assembleia Municipal de Alijó e também da sua freguesia de Vilar de Maçada para poder acompanhar de perto a vida social e humana da sua terra.
Actualmente a presidir a uma Associação da cidade consegue ter uma noção muito mais real das necessidades da população de Alijó e no que diz respeito aos problemas sociais e urbanos da cidade e, em especial, da sua freguesia de Vilar de Maçada.
O senhor José Sousa, simples cidadão de Vilar de Maçada (Alijó), mas muito enérgico, chega mesmo a afirmar no seu meio de residência e influência de que actualmente a sua freguesia de Vilar de Maçada e a cidade de Alijó estão muito melhores do que quando era ainda criança ou mesmo jovem.
Ao fim e ao cabo o senhor José Sousa poderia ser cada um de nós, com o sentir de cidade e do que lhe passa por perto, sempre atento ao saber, ao saber fazer e ao saber fazer bem em prol de qualquer freguesia ou cidade do País.
Mário de Sousa - BONFIM, PORTO

TEXTO PUBLICADO EM 2 DE DEZEMBRO DE 2009 NO JORNAL SEMANÁRIO "AUDIÊNCIA", PÁGINA 8

Alicerces para o Futuro

Não há saída com sucesso para a crise em Portugal e no mundo que não implique estratégia e visão. Claro que sendo a crise um fenómeno global, também necessita para ser ultrapassada que se verifique uma recuperação global.
Mas à dinâmica global somar-se-á o esforço nacional e regional. Quando o mundo reemergir as relações de forças serão diferentes e haverá países vencedores e países perdedores.
Para ser um país vencedor e ganhar lugares na competição entre países e territórios Portugal tem que prosseguir a estratégia de modernização e inclusão que lhe permitiu subidas significativas nos rankings de inovação e de competitividade nos últimos 4 anos.
É por isso muito relevante sublinhar os cinco alicerces para o futuro com que José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa traçou no final do Fórum Novas Fronteiras dedicado à economia, as linhas estratégicas do manifesto eleitoral do PS, na altura em fase de elaboração.
Em primeiro lugar a continuidade na aposta nas qualificações e no conhecimento. Essa é uma aposta nunca terminada e a melhor forma de acrescer o capital competitivo do país, valorizando em simultâneo a cidadania e a autonomia cívica e económica das pessoas.
Em segundo lugar a consolidação do posicionamento de Portugal na fronteira tecnológica no domínio das energias renováveis afirmando um “cluster” competitivo com impacto na produção, no emprego, na balança de transacções e na qualidade ambiental.
Em terceiro lugar a celebração dum pacto para a internacionalização com as empresas e os actores da diplomacia económica que permita captar novos mercados emergentes e aumentar de forma sustentada o peso das exportações na formação do Produto Interno Bruto.
Em quarto lugar o reforço da centralidade do país reduzindo a sua distância física e virtual dos grandes centros económicos, através da liderança na instalação de redes de fibra óptica em todo o país e da continuação do plano de modernização da rede de transportes e da qualidade das infra-estruturas de suporte.
Finalmente a promoção determinada de políticas de inclusão e garantia de igualdade de oportunidades, para que o futuro seja um espaço de realização possível para todos os portugueses e resulte dum movimento colectivo de mudança.
Este é um quadro estratégico ambicioso que contrasta com o apagão táctico das oposições. Um quadro que vale a pena cumprir para que esse apagão não contamine o país e o conduza de novo à flacidez de atitude que nos condena à irrelevância.
Mário de Sousa - BONFIM, PORTO

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

TEXTO PUBLICADO EM 3 DE DEZEMBRO DE 2009 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA 2


Restauração da Independência de Portugal

Foi a 1 de Dezembro de 1640 que os portugueses, num golpe de grande coragem e determinação, puseram fim ao domínio castelhano. Desde a primeira dinastia que o tema da integração peninsular era uma das preocupações das Cortes. Já no reinado de D. Dinis, que mandou plantar o pinhal de Leiria pensando nas “naus a haver”, ficou bem esboçada uma das coordenadas da política ultramarina: a saída para o mar, em busca de novas terras, para com isso fortalecer o Reino de Portugal e enfrentar as possíveis ameaças de Madrid.

O Infante D. Henrique e a Escola de Sagres dão corpo a essa política, não sem que antes, nos campos de Aljubarrota, os exércitos de Nuno Álvares Pereira tivessem destroçado as pretensões castelhanas ao trono português. Com os Descobrimentos e as Conquistas, o país começa a viver o seu período de ouro. Ao darem-se conta do sucesso dos portugueses na sua aventura marítima, os espanhóis vão atrás da busca também do “novo mundo”.

A história regista várias tentativas e movimentos posteriores voltados para a integração ibérica. Ou vinha ela por força de casamentos reais, ou seria consequência das crises que atingiam a desconfiança.

Se o receio permanente do que poderia vir de Leste foi uma constante da política externa portuguesa e que permeou o anti-castelhanismo que por vezes ainda aflora em vários segmentos da sociedade portuguesa, o certo é que nos últimos anos novas realidades políticas e económicas desfizeram mitos e preconceitos. Claro que estavam superadas há muito as correntes iberistas dos finais do século XIX, quando em Madrid, com ressonância em alguns meios intelectuais de Lisboa, se defendia abertamente a volta à “Madre Hispânia” e a redução de Portugal a uma província de Espanha. Também já era anacrónico o Pacto Ibérico firmado no tempo de Salazar e de Franco. Entretanto com a entrada dos dois países para o Mercado Comum Europeu, em 1986, e com as mudanças decorrentes do advento da democracia, caíram as fronteiras territoriais e as mentalidades jacobinas começaram a dar uma volta. Portugal, a essa altura, já não tinha para se defender, como outrora, a saída atlântica. O que restava do Império desaparecera com a descolonização. Mas em contrapartida o quadro europeu mudara substancialmente e a adesão ao Tratado de Roma dissolvia os arroubos dos nacionalismos e as rivalidades entre as nações. Aproveitando os fundos estruturais da Europa e possuindo potencialidades muito extensas, sem ter sofrido traumas de uma revolução e o ónus da descolonização, os espanhóis, em poucos anos, conseguiram distanciar-se, em termos de desenvolvimento e de renda, dos portugueses. As duas economias hoje não têm comparação possível. De um lado, houve um crescimento maior, os indicadores são muito saudáveis, os governos primaram pelo aproveitamento dos fundos estruturais de Bruxelas; do outro, depois das derrapagens dos governos do PSD/CDS-PP (ditos de social e democratas), tivemos um país mergulhado no desânimo, com a renda mais baixa da União Europeia, com taxas de crescimento reduzidas e com sérios problemas de desequilíbrio orçamental que o governo de hoje (José Sócrates) tem que consertar, resolvendo os problemas que esses governos do PSD/CDS-PP criaram para o país.

Quem hoje percorre o nosso país de norte a sul vê como é forte a presença de Espanha, desde os imóveis da Avenida da Liberdade em Lisboa, adquiridos por bancos e hotéis espanhóis, às herdades alentejanas; das industrias do turismo; das gôndolas nos supermercados, às vitrinas das modas nas lojas de Cascais.

É preciso, urgentemente, mudar o sistema contributivo para as grandes empresas que estão presentemente no país e que mais altos lucros tiram.


Mário de Sousa - BONFIM, PORTO

VER MAIS EM: verdade-razao.blogspot.com

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

TEXTO PUBLICADO EM 01 DE DEZEMBRO DE 2009 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA 3.

PARABÉNS AO NOSSO "O PRIMEIRO DE JANEIRO"
O Jornal “O Primeiro de Janeiro” comemora hoje, dia 1 de Dezembro de 2009, o seu 141.º ano de existência. É um jornal de referência, sobretudo do jornalismo em Portugal.
O nosso jornal “O Primeiro de Janeiro” já faz parte do património histórico-cultural, não só da nossa cidade do Porto, como também do nosso País. A existência de “O Primeiro de Janeiro” se não fora por muitas e boas de milhares de razões, bastaria só uma: ter sido ao longo dos tempos e continuar a ser a melhor escola de jornalismo em Portugal e em Português e, por isto e muito mais, tem boas razões para estar de parabéns e, por conseguinte, comemorar mais um aniversário. Da minha parte, neste dia muito especial para todos nós, um muito obrigado por toda uma obra jornalística feita num passado, felicitações pela presente e muitos votos dos melhores êxitos para o futuro do nosso jornal. Eu, pessoalmente, também sou testemunha de quanto este nosso jornal “O Primeiro de Janeiro” tem ajudado os leitores, os movimentos associativos e outros em concretizar trabalhos em prol das comunidades locais no colectivo e de solidariedade social.
Parabéns para “O Primeiro de Janeiro”, para a sua administração, para a sua direcção, aos seus jornalistas, aos seus colaboradores, aos restantes funcionários e a todos os leitores. Os melhores êxitos para o futuro, de que pessoalmente eu não duvido, conhecendo a capacidade, empenho, profissionalismo e determinação de todos os que fazem este GRANDE JORNAL!
Mário de Sousa* - BONFIM, PORTO

*Projectista e Investigador, Licenciado como Técnico Superior em Avaliação da Qualidade de Estudos de Impacte Ambiental, sócio-fundador e presidente da Associação de Moradores de Monte do Tadeu / Santo Isidro, Bonfim-Porto, responsável pelo Pelouro do Ambiente da Secção de Residência de Bonfim-Porto do Partido Socialista Português e sócio do F.C. Porto n.º 26652.