terça-feira, 13 de outubro de 2009

PONTO DE VISTA

O Porto: as pessoas em primeiro na cidade para todos!
TEXTO PUBLICADO EM 13 DE OUTUBRO DE 2009 NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", PÁGINA 2.
Os bairros municipais que pela sua juventude e dinamismo demográfico deveriam ser um factor de equilíbrio para a cidade do Porto. Também o facto de neles haver espaço para o município intervir, de forma a racionalizar com justiça nas suas atitudes, que muitas das vezes nem o munícipe mais inteligente consegue compreender tamanhas desumanidades.A cidade do Porto investiu fortemente no passado em projectos ajustados à realidade da cidade do Porto, pioneira na experimentação de novas respostas no combate à exclusão social, através, e aproveitando, da participação em programas europeus, como por exemplo: Pobreza 3, URBAN e outros, na implementação em projectos de sua própria iniciativa, que dinamizaram a sociedade civil em toda a cidade, bem como todas as instituições da mesma, e coordenaram recursos no sentido de construir respostas sociais mais eficazes para os segmentos populacionais mais fragilizados e desfavorecidos. Foi o que aconteceu com os toxicodependentes, as (os) prostitutas (os) de rua e as pessoas sem-abrigo, situações-limite de exclusão social que degradam os indivíduos e afectam a imagem e se gurança da nossa cidade do Porto.
A cidade do Porto constituiu um bom exemplo no passado (de gestão socialista), ao nível nacional, no que respeita à operacionalidade de uma rede muito eficaz de serviços de redução de danos destinada àqueles grupos socialmente conhecidos. O Contrato de Cidade e o projecto para os sem-abrigo foram duas iniciativas inovadoras e exemplares para outros municípios do País. Eu vi de perto, também aqui nestas áreas, o associar sempre o saber ao saber fazer bem, consciente de que a acção sem estudo e sem reflexão não tem, nem faz sentido. Por isso, a avaliação e a produção de conhecimento sobre as problemáticas objecto de intervenção estiveram e deveriam continuar a estar sempre presentes na forma de gerir uma autarquia, quer seja no município portuense como nas juntas de freguesia, principalmente na freguesia do Bonfim.
Nesse passado, de gestão socialista, vi ser constituído um Observatório Permanente sobre a Segurança e vi responder às interrogações que a cidade colocava, nessa altura, no que respeita à segurança e ao sentimento generalizado de insegurança. Actualmente faz falta um mapa com traçado sobre a insegurança que se vive na cidade do Porto e aprofundar, por parte da autarquia, o conhecimento sobre o fenómeno, caract erizando, quantificando e estudando soluções. A autarquia possui actualmente um património de conhecimento e experiência acumulado de outros programas e projectos dum passado relativamente recente, do período da gestão socialista. Nesse período começou a impor-se uma nova filosofia de trabalho (integrado e participado) que deveria continuar a ser aplicado e até mesmo a ser fortalecida e aprofundada em novas iniciativas. Importa continuar aberto à inovação e à experimentação de novas respostas para os problemas que não encontram solução ajustada no quadro convencional da autarquia portuense.
A gestão da cidade do Porto tem que ser mais articulada e integrada nas suas diversas componentes. É preciso firmar uma estratégia orientadora mais precisa e clara, para um bom desenvolvimento da nossa amada cidade do Porto.Não quero acabar este meu ponto de vista sem deixar de falar num actual flagelo que se vive em toda a cidade do Porto, que é o sector cultural que actualmente é nulo por toda a cidade. Cultura é também investigação, experimentação e é fundamental que Rui Rio apresente contas, em tempo útil, sobre o “Porto Lazer”, para que o povo do porto saiba toda a verdade sobre o que de mal e mau se tem feito em toda a cidade no aspecto cultural.

Mário de Sousa - BONFIM, PORTO

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mario.sousa@europe.com

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